De volta

Cinemateca Brasileira, em reconstrução, terá nova diretoria a partir desta sexta

Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) assinou contrato de gestão por cinco anos

Reprodução
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São Paulo – A nova diretoria do Conselho de Administração da Organização Social Sociedade Amigos da Cinemateca, a SAC, tomara posse nesta sexta-feira (4). A cerimônia marcará uma nova fase na Cinemateca Brasileira, que conserva o maior acervo audiovisual da América do Sul. Mas que ficou quase dois anos fechada e enfrentou até incêndio em um galpão, em julho do ano passado. Criada em 1962, a escolha da SAC como gestora foi em outubro.

A professora titular aposentada Maria Dora Genis Mourão (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, a ECA-USP) será a diretora geral da Cinemateca. As direções Técnica e Administrativa Financeira serão de, respectivamente, Gabriela Sousa de Queiroz e Marco Antônio Alves. E o presidente do Conselho será o também professor da ECA e ex-secretário municipal de Cultura Carlos Augusto Calil, que comanda o Conselho Deliberativo da SAC (o vice é o cineasta Walter Salles). O mandato é de quatro anos.

O Decreto 10.914, de 27 de dezembro de 2021, qualificou a SAC como organização social “para a execução de atividades de guarda, preservação, documentação e difusão de acervo audiovisual da produção nacional”. E firmou o contrato de gestão com a Secretaria Especial de Cultura, com duração de cinco anos.

Expectativa de reabertura

A SAC já chegou a gerir a Cinemateca Brasileira, de 2008 a 2013. Foi substituída pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP, de 2014 a 2015). E depois pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp, de 2016 e 2018, quando o governo rompeu o contrato). A instituição retornou às redes sociais em 25 de janeiro.

Segundo a nova direção, a Cinemateca “está se preparando para reabrir as portas para o público e retomar sua programação ainda neste ano”. Um novo e importante passo após várias etapas de mobilização em defesa do local, como uma manifestação presencial realizada em unho de 2020, com a leitura de manifesto assinado por 42 entidades brasileiras e 40 internacionais.