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‘A Nova Rota da Seda’ conclui série na TVT sobre era Xi Jinping na China

Nova economia explica papel da China na globalização e a presença do país em um sistema colaborativo mundial de interações, diz Ladislau Dowbor

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São Paulo – “A Nova Rota da Seda” é o tema do terceiro episódio da série internacional Anos Recentes – A Era de Xi, às 21h30 desta segunda-feira (18), na TVT. O programa apresenta a estratégia e as mudanças realizadas durante o governo de Xi Jinping na China. A produção da Discovey Channel, Estados Unidos, e da Meridian Production Company, Reino Unido, traz depoimentos de especialistas de vários países e histórias de trabalhadores chineses. O episódio pode ser visto no canal digital 44.1 (Grande São Paulo) e também estará disponível no canal da TVT no YouTube.

“A Nova Rota da Seda” mostra a dimensão da globalização e como o país cria novo espaço de articulação e colaboração com o mundo. O capítulo começa com comentários do economista e professor Ladislau Dowbor. “A China não tem sistemas agressivos militares, não tem um monte de bases militares como os americanos”, observa Dowbor. “A China tem um outro caminho. Está criando um espaço de globalização e de articulação com o resto do mundo porque tem 18% da população mundial, já é a primeira economia do mundo em equivalência de dólar, de paridade de capacidade de compra. Além disso, é top de linha em termo científico-tecnológico”, explica o economista.

nova rota da seda
Ladislau Dowbor: “Não se trata de gostar ou não gostar da China. Mas de entender o peso que essa economia tem hoje no mundo”

Desse modo, avalia, é natural que o país entre no sistema colaborativo mundial de interações com a nova rota da seda e a criação de um grande banco de investimentos internacionais, que Washington tentou travar. “Mas a ideia acabou atraindo a participação de dezenas de países. Além de toda a Ásia, Austrália e Nova Zelândia.”

Confira episódios anteriores

O episódio de estreia de Anos Recentes – A Era de Xi, “Os Sentimentos do Povo“, mostrou como a aposta do país em políticas públicas fortes contribuiu para a erradicação da pobreza extrema. Assista:

Ladislau Dowbor, que é professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), visitou e realizou trabalhos e pesquisas na China, comentou que o país é um desconhecido porque toda informação recorrente na imprensa internacional é “sobre o espirro” do presidente dos Estados Unidos. Ou, então, sobre a última bomba no Oriente Médio. “Nada da China. Não se trata de gostar ou não gostar da China, mas de entender o peso que essa economia tem hoje”, diz Ladislau Dowbor.

O segundo episódio. “Grande governança de energia“, foi sobre as transformações científico-tecnológicas. “Se antes a China importava tecnologias e exportava produtos com mão de obra barata para todo mundo com base nessa tecnologia importada, hoje não. Pois a tecnologia é o eixo central da transformação da China. Assim, a China usou, de certa maneira, os aportes de outros países, se apropriou, transformou e por isso está hoje na dianteira nesse campo”, diz Dowbor. Assista: