Memória

Morre em São Paulo o ator Sérgio Mamberti

Ator estava internado com infecção nos pulmões e morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos

Giorgia Prates
Giorgia Prates
Ator estava internado com infecção no pulmão e morreu de falência múltipla de órgãos

São Paulo – Morreu na madrugada desta sexta-feira (3), em São Paulo, o ator Sérgio Mamberti, aos 82 anos. Ele estava internado em hospital da rede Prevent Senior com uma infecção nos pulmões e faleceu em decorrência de falência múltipla de órgãos. A informação foi confirmada ao portal G1 por um dos filhos do ator, Carlos Mamberti.


Para Sérgio Mamberti, ‘desesperançar nunca foi uma opção’


Em julho deste ano, Mamberti havia sido hospitalizado para tratar de uma pneumonia e chegou a passa por uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Após cerca de 15 dias, se recuperou e teve alta.

O ator colecionou inúmeros papéis de destaque. Foi nas séries que viveu seu personagem mais querido, o saudoso Dr. Victor do Castelo Rá-tim-bum.

Também participou de produções da TV Globo, como “A diarista” e “Os normais”. “Atualmente, esteve no elenco de “3%”, série brasileira produzida pela Netflix.

Mamberti dirigiu peças importantes no circuito paulista. Em 2019, estreou, ao lado de Rodrigo Lombardi, a premiada “Um panorama visto da ponte”.

Defesa da democracia

O ator, diretor e ex-presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) era crítico do governo de Jair Bolsonaro. Em outubro de 2019, em entrevista à rádio Brasil Atual, ele classificou os ataques do governo Jair Bolsonaro à diversidade cultural não como retrocesso, mas como uma regressão. Ele afirmou que os artistas, desde o impeachment de Dilma Rousseff, não enxergavam mais conquistas, mantendo-se apenas na resistência contra a censura e cortes de verbas.

Em entrevista aos jornalistas Glauco Faria e Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, Mamberti disse que o Ministério da Cultura só não acabou, no governo Temer, porque houve luta. “Nós gritamos, mas quase foi extinto por duas vezes. Enquanto no período Lula e Dilma, houve grandes avanços de recursos e políticas públicas implementadas na cultura”, relembrou.

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