Fusão de artes

Música e literatura se mesclam no primeiro álbum de Joana Garfunkel

Depois de se apresentar durante anos no duo musical Canto Livro, artista lança "Curuíra", que mostra hoje (4) no Hora do Rango

Raphael Monteiro/Divulgação
Raphael Monteiro/Divulgação
“Sou como dois rios que vão para mar: a música e a literatura”, define Joana, ao explicar sua paixão pela literatura e o desejo de ser cantora

São Paulo — Depois de 10 anos dividindo o palco em apresentações lítero-musicais ao lado do pai, Jean Garfunkel, no projeto Canto Livro, a paulistana Joana Garfunkel lançou seu primeiro álbum, Curruíra, e estará no programa Hora do Rango desta quinta-feira (4) para contar um pouco do novo trabalho. O álbum tem 18 faixas, com canções do próprio Jean, Tavinho Moura, Fernando Brant, Chico Buarque, Chico César, Caetano Veloso, Haroldo de Campos, Fito Paes e Edu Lobo, entre outros. O CD tem a participação de Emiliano Castro, Jean Garfunkel, Ronen Altman, Sizão Machado, Pichu Borelli, Pratinha Saraiva e Paulo Garfunkel, irmão de Jean (recitando um poema autoral). 

“Sou como dois rios que vão para mar: a música e a literatura”, define Joana, ao explicar sua paixão pela literatura e o desejo de ser cantora. As músicas do álbum, todas com arranjos de Swami Jr., são divididas em três blocos: o sertão, o litoral e as origens ancestrais. O repertório traz uma mensagem política em uma perspectiva do Brasil pulsante nas cores e na riqueza cultural. 

“A literatura possibilita essa transcendência, permite viajar para o Brasil inteiro. Eu conheci o sertão pelas obras de Guimarães Rosa, o meu país por Jorge Amado e tantos outros autores e lugares. É uma experiência mítica. Um poder que nos transporta no tempo e no espaço. Quando eu canto uma música, eu conto uma história”, afirma Joana, que, em 2006, fundou ao lado do pai o duo musical Canto Livro, em que mescla as duas artes. 

O programa

O Hora do Rango, apresentado por Colibri Vitta e premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), recebe ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, sempre um convidado diferente com algo de novo, inusitado ou histórico para dizer e cantar. Os melhores momentos da semana são compilados e reapresentados aos sábados e domingos, no mesmo horário.