Foi mal...

Ministro interino da Cultura volta atrás em demissões atrapalhadas

Depois de não achar nos “quadro de carreiras” pessoas em condições de substituir servidores como Olga Futemma, da Cinemateca (32 anos de Minc), e o músico Wagner Tiso, do Museu Villa Lobos, ele recuou

Agência Sergipe de Notícias e Reprodução/Youtube

Tiso seguirá no Museu Villa Lobos e Olga não será mais substituída na Cinemateca por acusado de estelionato

Brasília – O Ministério da Cultura voltou atrás e não vai mais exonerar a presidenta da Cinemateca Brasileira, Olga Futemma, nem outros quatro técnicos da instituição cujas demissões haviam sido publicadas no Diário Oficial da União.

Na última terça-feira (26), foram publicadas as exonerações de 81 ocupantes de cargos comissionados no Minc, entres eles Olga Futemma e o diretor do Museu Villa-Lobos, o maestro Wagner Tiso Veiga, que também integra o Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O ministro da Cultura, Marcelo Calero, negou que as baixas tiveram motivação política, alegando que estava atendendo a uma “reivindicação da sociedade” de substituir os ocupantes dos cargos por servidores de carreira.

Hoje (30), o ministério informou, por meio de nota, que tornará sem efeito a exoneração de Olga Futemma por ela ter “se destacado na gestão deste imprescindível órgão de preservação da memória de nosso audiovisual”. Ela é servidora de carreira aposentada do ministério, no qual ingressou em 1984. A Cinemateca Brasileira é responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira.

Segundo o ministério, os outros quatro técnicos também serão reconduzidos a seus postos por possuírem competências técnicas dificilmente encontradas em outros integrantes do corpo funcional do ministério.

Em substituição a Olga, Calero havia nomeado Oswaldo Massaini Filho para a diretoria da Cinemateca Brasileira. Ele é acusado de crime de estelionato, e sua indicação recebeu fortes críticas de pessoas ligadas à área da Cultura.