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Caravana Musical leva proposta de ocupação de espaço público ao Anhangabaú

caravanadigital/sp Projeto cria e amplia espaços públicos para manifestações culturais nascidas na periferia de São Paulo São Paulo – Nesta sexta (21), a partir das 17h, o Vale do Anhangabaú, […]

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Projeto cria e amplia espaços públicos para manifestações culturais nascidas na periferia de São Paulo

São Paulo – Nesta sexta (21), a partir das 17h, o Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, será palco da quarta edição da Caravana Musical, promovida no âmbito do projeto Caravana Digital: Juventude Conectada pela Cidadania. Segundo seus idealizadores, o projeto tem como objetivo a inclusão digital de jovens de 14 a 29 anos, da macrorregião leste da cidade, e a ocupação dos espaços públicos, favorecendo a interação entre a população e a cidade.

Será a primeira de uma série de edições consecutivas agendadas para as sextas-feiras no Anhangabaú, previstas até 25 de setembro. As caravanas musicais são realizadas em praças de diferentes bairros em que tenha sido implementado outro projeto da prefeitura, o Wifi Livre – São Paulo, que provê internet gratuita.

A iniciativa tem como principal objetivo a ocupação do espaço urbano. “Esses eventos contribuem para que a população viva e pense a cidade como um espaço de interação e produção de conhecimento, a partir da realização de oficinas, shows, rodas de conversa e painéis sobre a cidade”, avalia Samir Raoni, do Grupo de Investigação Urbana Androides Andróginos, um dos idealizadores do projeto.

As demais edições das caravanas musicais foram realizadas no parque Linear Tiquatira (zona leste), que contou com um público rotativo de 500 pessoas em suas oito horas de programação. A segunda, na Praça da Estação, em Itaquera (idem), contou com quatro bandas e sete horas de programação ininterruptas, interagindo com um público rotativo de 1000 pessoas; e a terceira, no Vale da Memória, no centro velho e histórico da cidade, interagiu com um público rotativo de 2 mil pessoas, em seis horas de programação.

Para a caravana de sexta-feira estão previstas apresentações de Wallacy Willians, Picanha de Chernobill, Nicolas Não Tem Banda e Companhia Bambolística

Fomento

Iniciadas em janeiro e viabilizadas pelo projeto Redes e Ruas, promovido pela prefeitura paulistana, as caravanas digitais já alcançaram, juntas, mais de 3.500 participantes diretos e cerca de 6.500 indiretos, segundo números oficiais.

“A metodologia desse trabalho foi construída sobre três pilares: articulação de telecentros, elaboração de diagnóstico participativo e formação e capacitação de jovens a partir das oficinas e atividades, em especial as de inclusão digital e produção audiovisual” diz Samir.

Com três edições já realizadas, as caravanas de produção audiovisual ofereceram, em cada uma delas, quatro oficinas: criação de blog; fotografia, produção e edição de vídeo. A primeira foi realizada no Telecentro Sociedade dos Amigos Parque Veredas, a segunda no Telecentro Itajuibe e a terceira no Céu Vila Curuçá, todas na zona leste, e totalizaram 53 participantes.

“A Caravana Digital conseguiu, de uma forma bastante simples e interativa, me mostrar sobre como a sociedade atual pode utilizar os aspectos midiáticos a favor da informação e do aprendizado”, afirma Cicera Lino, professora de educação infantil, que participou das oficinas de produção audiovisual na Vila Curuçá.