A maior mostra de cinema documentário do Brasil, o Festival É Tudo Verdade, exibe 109 filmes de 31 países. A 20ª edição do evento fica em cartaz de 9 a de 19 de abril em São Paulo e de 10 a 19 de abril, no Rio de Janeiro. Os destaques da programação serão exibidos de 29 de abril a 4 de maio, em Belo Horizonte, de 7 a 10 de maio, em Santos, e de 27 de maio a 1º de junho, em Brasília. A entrada é gratuita em todas as sessões.

Esta edição do evento homenageia o cineasta brasileiro Eduardo Coutinho, morto em fevereiro de 2014, antes de finalizar seu 14º filme, Últimas Conversas, que abre o festival na capital paulista e no Rio, com sessões fechadas para convidados. No longa-metragem de uma hora e meia de duração, Coutinho conversa com estudantes e tenta descobrir como pensam, sonham e vivem esses jovens. “Coutinho não teve tempo de montar aquele que viria a ser o seu último filme. São conversas com jovens que têm toda a vida pela frente”, declara o produtor do longa João Moreira Salles. O documentário terá sessões abertas ao público durante a programação do festival.

Como o material do filme foi editado depois da morte do cineasta, Últimas Conversas difere bastante dos outras obras de Coutinho. Pela primeira vez em sua filmografia, ele apresenta não apenas histórias de seus entrevistados, mas também a sua própria. “Últimas Conversas não carregava, de origem, as marcas de um filme de despedida. Mas, o sendo, é um belíssimo fecho para uma das obras mais originais da história do documentário mundial e do cinema brasileiro”, opina o fundador e diretor do festival, Amyr Labaki.

Segundo Labaki, além da homenagem, esta edição da mostra celebra três efemérides: “os 80 anos de um dos maiores cineastas brasileiros, Vladimir Carvalho, o centenário de nascimento de um de nossos inspiradores, Orson Welles (1915-1985), e as duas décadas do festival”, afirma o diretor do festival.

A Competição Brasileira de Longas e Médias Metragens fará a estreia mundial de sete filmes. Entre as obras, estão Caminho de Volta, de José Joffily e Pedro Rossi, que trata sobre questões de identidade de dois imigrantes brasileiros, em Londres e nos Estados Unidos; Eu Sou Carlos Imperial, de Renato Terra e Ricardo Calil, sobre a trajetória de Imperial no cenário cultural brasileiro; e Orestes, dirigido por Rodrigo Siqueira, que faz uma reflexão sobre os mecanismos da justiça por meio da filha de uma militante política traída e executada, de uma defensora da pena de morte e de uma enfermeira que lida diariamente com o resultado da violência.

A Competição Internacional de Longas e Médias exibe 12 filmes, cinco deles produções ou coproduções de países latino americanos, como o chileno -americano Hora do Chá. O documentário de Maite Alberti trata sobre a amizade de um grupo de velhas amigas que há 60 anos se encontram mensalmente e que juntas atravessaram tempos de duas transformações do Chile, sem nunca deixar que o elo entre elas fosse abalado.

A Retrospectiva Brasileira: Vladimir, 80 exibe os quatro principais longas-metragens do cineasta Vladimir Carvalho (Conterrâneos Velhos de Guerra, O Evangelho Segundo Teotônio, Homem de Areia e O País de São Saruê)e dois retratos biográficos a ele dedicados (Vladimir Carvalho: Conterrâneo Velho de Guerra, de Dácia Ibiapina, e Vladimir Carvalho, Um Olhar Solitário, de Walter Carvalho).

A mostra Welles, 100 apresenta duas das principais obras documentais dirigidas pelo cineasta americano Orson Welles: It’s All True – Baseado em Um Filme Inacabado de Orson Welles e Verdades e Mentiras. Confira a programação completa do Festival É Tudo Verdade no site da mostra.

É Tudo Verdade – 20º Festival Internacional de Documentários
Quando:
São Paulo, de 9 a 19 de abril
Rio de Janeiro, de 10 a 19 de abril
Belo Horizonte, de 29 de abril a 4 de maio
Santos, de 7 a 10 de maio
Brasília, de 27 de maio a 1 de junho
Programação completa e locais de exibição: etudoverdade.com.br
Quanto: grátis