São Paulo – Terminou sem propostas a reunião entre os representantes da Frente de Luta por Moradia (FLM) e técnicos da Companhia Metropolitana de Habitação (COHAB) e Secretaria de Habitação terminou, nesta quarta-feira (6). Desde a segunda-feira (6), quatro prédios da região central da capital paulista foram ocupados por famílias sem-teto.

Segundo a coordenadora da ocupação do prédio na avenida Nove de Julho, Carmem da Silva Ferreira, o encontro terminou com o compromisso de agendamento de nova reunião com a prefeitura. Mas, sem nenhuma proposta efetiva para os sem-teto.

A FLM reivindica transformar o prédio ocupado, na Nove de Julho, em moradia popular. De acordo com Carmen, um projeto está parado há mais de dez anos.

Os militantes também pedem desapropriação e reforma de prédio ocupado por famílias sem-teto na avenida Prestes Maia. “As famílias do Prestes Maia não tem onde morar”. De acordo com a coordenadora as ocupações serão mantidas até que as reivindicações sejam atendidas. “Queremos uma moradia digna e atendimento ao trabalhador. A verba emergencial de R$ 300 (para as famílias usarem para aluguel) não é uma política real de habitação”, critica.

As famílias sem-teto ocupam quatro prédios da região central da capital paulista desde as primeiras horas da segunda-feira (6). Durante o primeiro dia de ocupação a Polícia Militar fechou os prédios e deixou as famílias sem acesso a água e comida. Na noite de segunda, a PM liberou o acesso e mantém ronda nos locais.