Nível do rio Tietê sobe e moradores do Jardim Pantanal temem novas inundações

Moradores acompanham dia a dia o nível do rio Tietê. Preocupação é com novas inundações (Foto: Suzana Vier/Rede Brasil Atual) São Paulo – As sucessivas chuvas que atingem à capital […]

Moradores acompanham dia a dia o nível do rio Tietê. Preocupação é com novas inundações (Foto: Suzana Vier/Rede Brasil Atual)

São Paulo – As sucessivas chuvas que atingem à capital paulista já causam apreensão em bairros que foram afetados por enchentes no verão do ano passado. Em áreas como o Jardim Pantanal, Chácara Três Meninas e Vila Itaim o nível do rio Tietê já preocupa a população. “O nível do (rio) Tietê está subindo a cada chuva”, diz Zélia Andrade, moradora da Chácara Três Meninas.

No bairro, a chuva da segunda-feira (13) deixou água acumulada suficiente para chegar ao meio da perna dos moradores, descreve a moradora. “A situação piorou muito”, diz.

No Jardim Pantanal, Ana Silveira afirma que o córrego próximo à rua Cachoeira de Itaguassava está cheio. “Não transbordou ainda, mas está cada vez mais cheio”, revela.

No Jardim Fiorello, divisa da capital paulista com o municípío de Itaquaquecetuba, os meninos do bairro viram de uma semana para a outra o campo de futebol se transformar em lagoa. A plantação de milho mantida pela associação de moradores do local já está submersa pelas águas do rio Tietê.

Moradores ouvidos pela Rede Brasil Atual temem que as inundações do verão passado voltem a se repetir nos próximos meses. “Já sabemos que houve um atraso no período chuvoso, mas agora as chuvas passarão a ser intensas”, aponta Zélia. “A gente sabe que o nível está subindo porque além da percepção visual, dá para perceber na correnteza pedaços de árvores e lixo passando por nós”, alerta a moradora.

Um encontro das vítimas das enchentes na região deixou alguns moradores ainda mais alarmados, depois de ouvirem relatos da Defesa Civil de São Paulo e Guarulhos de que se preparam para possíveis enchentes em janeiro. A reunião ocorreu na quarta-feira (8), data que marca um ano da primeira inundação da região, que deixou vários bairros submersos por dois meses.

“A previsão é a pior”, diz Euclides Mendes, líder comunitário da Vila Itaim, um dos bairros atingidos por enchentes no verão 2009/2010. Com exceção do Jardim Romano, nos demais bairros, não houve atuação da prefeitura, relata.

“O dique (em construção no Jardim Romano) vai resolver só lá, mas em outros bairros muito afetados durante as enchentes, nada foi feito”, descreve. “A obra vai recolher água do Romano, só que o (rio) Tietê alagou mais 13 bairros. Não têm ação para esses outros”? indaga Mendes.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras da prefeitura de São Paulo não respondeu aos pedidos de informação sobre obras antienchentes naquela área. A subprefeitura de São Miguel Paulista, responsável pela administração da região, também não respondeu acerca de ações para retirada das famílias em caso de novos alagamentos.

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