Mulheres vítimas de violência doméstica terão prioridade no aluguel social em São Paulo

Prefeitura anuncia ainda que vai trabalhar sobre 18 mil pontos da cidade que têm carência de iluminação e, por isso, deixam mulheres mais vulneráveis à violência sexual

Na visão da secretária Denise Motta Dau, o aluguel vai dar segurança para que a mulher e os filhos possam sair de casa e denunciar o agressor (Foto: Fábio Arantes. Prefeitura)

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Denise Motta Dau, anunciaram hoje (7) medidas para diminuir a violência contra as mulheres no município. Entre elas estão iluminação de cerca de 18 mil pontos da cidade, principalmente vielas em bairros da periferia, e a priorização de mulheres vítimas de violência doméstica na concessão de aluguel social.

A prefeitura paga entre R$ 300 e R$ 500 ao mês para famílias em situações como desalojamento em casos de inundações ou outras ocorrências naturais e despejos ou remoções em áreas de risco, por exemplo. Atualmente, cerca de 20 mil famílias recebem o aluguel social e o custo anual da prefeitura é de cerca de R$ 100 milhões.

Segundo Denise, a concessão de aluguel social para vítimas de violência doméstica aumenta a segurança para as mulheres e seus filhos ao garantir uma moradia fora do convívio com o agressor, e incentiva pessoas que sofrem agressão em casa, mas evitam denunciar por medo de que a situação possa piorar após as denúncias.

Denise informou que foram feitas parcerias com cinco secretarias municipais (Saúde, Habitação, Transportes, Segurança e Assistência Social) para combater a violência contras mulheres e tentar melhorar a situação para mulheres vítimas de agressão.

De acordo com o Secretário de Serviços Municipais, Simão Pedro, levantamento feito pelo Departamento de Iluminação Pública (Ilume) constatou que há na cidade cerca de 18 mil pontos sem iluminação, o que favorece a ocorrência de violência, em geral, e especialmente contra mulheres.

Segundo o secretário, a prefeitura vai iluminar os locais mapeados pelo Ilume e também trocar 75 mil lâmpadas de mercúrio por lâmpadas a vapor de sódio, mais claras e mais econômicas.

O secretário afirmou que a iluminação dos pontos escuros e a troca das lâmpadas serão feitas com dinheiro economizado na conta de luz por conta da redução nos preços determinada pelo governo federal (18% para residência e até 32% para a indústria). De acordo com ele, a previsão é que o valor pago todo mês pela prefeitura de conta de energia elétrica, cerca de R$ 9 milhões, tenha diminuição de R$ 1,5 milhão.