Modernização de semáforos da cidade de São Paulo deve custar R$ 500 milhões

Prefeito Fernando Haddad (PT) diz que valor é necessário para integrar os cerca de 3 mil semáforos da região central da capital paulista e deixar a rede toda à prova de chuvas

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse hoje (27) que são estimados gastos de R$ 500 milhões para modernizar a rede de semáforos da cidade. Segundo ele, este valor seria preciso para aumentar de 102 para 3 mil o número de semáforos interligados no chamado centro expandido, na troca de equipamentos, modernização dos sistemas tecnológicos e para deixar a rede à prova de chuvas.

Este valor, de acordo com o prefeito, representa um investimento de cinco vezes o que a prefeitura tem gasto nos últimos e investir na modernização da rede e dos sistemas tecnológicos, além de promover a troca de equipamentos. “A tecnologia usada nos semáforos hoje está muito defasada”, disse.

Segundo o prefeito, são gastos cerca de R$ 20 milhões por ano com os semáforos e este valor deveria subir para R$ 100 milhões ao ano nos projetos de modernização da rede, integração e com as reformas para evitar as panes que ocorrem em função das chuvas. Para a reforma que pode deixar a rede á prova de chuva são necessários gastos de R$ 200 a R$ 250 milhões.

De acordo com o prefeito, com a implementação de uma rede integrada de semáforos no centro expandido da cidade pode representar um ganho de cerca de 20% no tempo de espera dos motoristas. “É um ganho extraordinário, mas os custos de implementação também são muito grandes”, afirma ele.

O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que os projetos para modernizar a rede de semáforos da cidade preveem a troca de equipamentos e o uso de novas tecnologias em software.

A estimativa da secretaria, segundo Tatto, é que os projetos de integração nos 3 mil semáforos da região do centro expandido e das obras para deixá-los à prova de chuvas preveem que as operações sejam concluídas até 2015.

O secretário esteve em Londres e Glasgow, no Reino Unido, para verificar os sistemas de integração das redes de semáforos das duas cidades. Segundo o secretário, nos dois municípios são usados software do mesmo fabricante que fornece a tecnologia nos 102 semáforos integrados de São Paulo.

O secretário disse também que na próxima semana deve definir com o prefeito os recursos que poderão ser utilizados nos bilhetes únicos semanais e mensais e o modelo que deve começar a ser testado a partir de abril. Os testes serão feitos com estudantes, idosos e portadores de deficiência, que utilizam bilhetes diferenciados dos demais usuários do sistema de transporte público da cidade, e a implantação, para todos os usuários, dos bilhetes semanais e mensais deve começar no final do ano.