São Paulo – Termina neste fim de semana o horário brasileiro de verão. À zero hora do domingo (26), os relógios devem ser atrasados em uma hora nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além do Distrito Federal e do estado da Bahia, incluído este ano. O horário de verão começou em 16 de outubro e desta vez não terminou no terceiro domingo de fevereiro, como de hábito, porque a data coincidiu com o Carnaval.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, nos últimos dez anos a medida possibilitou redução média de 5% ao ano na demanda por energia no horário de maior consumo (entre 18h e 21h), nas regiões que adotam a medida. Nesta edição, a expectativa do governo federal é de que a redução total de consumo deve resultar numa economia entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões para o país, durante o período.

Na avaliação do o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, o principal ganho para a sociedade com a adoção do horário de verão é o aumento da segurança e da qualidade do suprimento de energia,  Além disso, a redução da demanda diminui a pressão por novos investimentos em usinas hidrelétricas ou acionar energia de usinas termelétricas para complementar o fornecimento de energia.

Segundo ele, a redução do consumo de energia proporcionada pelo aumento da utilização da luminosidade natural, não chega a ser sentida na conta de luz dos consumidores. “O consumidor sentiria se tivéssemos que fazer investimentos, aí apareceria um acréscimo na conta”. Atualmente, vários países fazem mudança no horário convencional para aproveitar melhor a luminosidade do verão.

No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. A medida é adotada sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda por energia, resultante do calor e do crescimento da produção industrial. Nesse período, os dias têm maior duração por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser mais bem aproveitada.