Exército cerca Assembleia Legislativa da Bahia. Situação é tensa

Os PMs do estado estão em greve desde a noite do dia 31 e prometem reagir no caso de um uma invasão. Confusão é iminente

Cerco a policiais militares da Bahia em greve começou ainda na madrugada (Foto: Agência A Tarde/Folhapress)

São Paulo – Cerca de mil  homens do Exército cercam a Assembleia Legislativa da Bahia desde a manhã desta segunda-feira (6). O comando da operação já afirmou que está temporariamente descartada a hipótese de invasão da casa legislativa, mas afirma que o objetivo é garantir que a Polícia Federal cumpra os 11 mandados de prisão contra policiais militares grevistas que ocupam o local desde a semana passada.

Há informações, porém, de que a tropa conta com armamento pesado, inclusive carros blindados urutus. Os PMs prometem reagir no caso de um uma invasão. A tensão é grande e a imprensa é mantida a cerca de 100 metros do local. Houve um confronto na manhã entre os soldados e parentes dos grevistas que tentaram furar o bloqueio feito pelo exército. Pelo menos, dois manifestantes ficaram feridos, sem gravidade.

 Os policiais militares da Bahia estão em greve desde a noite da última terça-feira (31). O grupo pede a incorporação de gratificações nos salários e recusou a proposta de reajuste de 6,5%. 

A Justiça decretou a ilegalidade do movimento e expediu 12 mandados de prisão. O primeiro foi cumprido na madrugada de domingo (5), quando o policial Alvin Silva foi preso e encaminhado para a Polícia do Exército sob a acusação de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público (viaturas). Ele também vai passar por um processo administrativo na própria corporação.

O pedido para a desocupação do prédio foi feito no domingo (5) à tarde pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo. O secretário de Segurança, Maurício Barbosa, e o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, acompanham a operação.

O estado conta com o apoio de mais de 2,5 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional no patrulhamento de Salvador, Feira de Santana, Barreiras e Paulo Afonso. O grupo conta também com quatro veículos de combate “Urutu”, que já circulam por Salvador.

Com informações da Agência Brasil