São Paulo – As família sem teto devem permanecer acampadas em frente à Câmara de Vereadores da capital paulista pelo menos até a reunião desta quarta-feira (24) no Ministério das Cidades em Brasília. A expectativa é que haja alguma definição sobre o destino do grupo que ocupava um prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no centro da cidade até a semana passada.

Na terça-feira (23), representantes do movimento Frente de Luta por Moradia (FLM) reuniram-se com vereadores do PT e conseguiram a promessa do líder do partido na Casa, José Américo, de divulgar uma carta de repúdio em relação a situação. O vereador também se compremeteu a tentar agendar uma reunião entre os sem teto e o secretário de habitação.

Cerca de 250 pessoas estão acampadas em frente à Câmara desde segunda-feira (22), quando foram retirados de forma truculenta, segundo lideranças do grupo, pela Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM) da praça Emílio Miguel Abellá, também nas imediações. Foi a segunda vez em menos de uma semana que os sem teto foram removidos, já que na quinta-feira (18) eles haviam deixado o prédio do INSS na avenida Nove de Julho por conta de um pedido de reintegração de posse.

De acordo com a nota divulgada pelo FLM, a Justiça negou o pedido de suspensão de reintegração de posse de outro prédio, na avenida Ipiranga. A reintegração será feita nesta quinta-feira (25). Segundo o movimento a ocupação abriga 1.200 pessoas, com 373 crianças.