São Paulo – Paraisópolis, a segunda maior comunidade de São Paulo, acaba de receber um novo projeto de transformação de suas casas. O “Colors of Favela”, lançado nessa quarta-feira (27), apresenta a proposta de revitalizar cerca de mil moradias por meio da pintura de suas fachadas com cores fortes e vibrantes, o que já ficou demonstrado que colabora para a diminuição da criminalidade. Um desses exemplos aconteceu no México. 

Em parceria com o governo do país, os artistas de um coletivo pintaram 209 casas da comunidade de Las Palmita, na cidade de Pachuca. Com a finalização da pintura, os moradores relataram a diminuição da violência local, especialmente entre os jovens. O CEO da Revitaliza Comunidades, Carlos Leonardo, explica que a proposta do Colors of Favela também pretende aumentar o pertencimento dos moradores com a comunidade de Paraisópolis. 

“A ideia do Colors of Favela surgiu quando pensávamos em como transformar a vida dos moradores da favela através da revitalização de casas. Com esse projeto a gente aumenta a autoestima, o sentimento de pertencimento, a valorização do local e contribui para a saúde física e mental dos moradores. Também queremos construir mini praças e espaços para painéis em que as pessoas possam criar grafites e que sejam locais de encontro para elas tirarem fotos. Vamos trazer também palestras sobre criptomoedas e todas as novidades tecnológicas que estão surgindo para manter a comunidade informada. Também consideramos oferecer oficinas com artistas da região para crianças e adolescentes”, detalha.

Venda virtual

Para possibilitar a transformação das cerca de mil casas de Paraisópolis, o projeto Colors of Favela pretende captar R$ 5 milhões por meio de NFTs inspiradas na comunidade e nos artistas da segunda maior favela de São Paulo. As NFTs, sigla em inglês para “Token Não Fungível”, são artes raras criadas a partir de programação digital e vendidas no mercado virtual. 

O presidente do G10 Favelas, Gilson Rodrigues, explica que a ideia é levar a iniciativa e as tecnologias também para outras comunidades no futuro. “Nossa ideia é fazer esse piloto para que a partir dessas mil casas transformadas possamos espalhar por todo o Brasil essa cultura de trazer cores para as favelas, revitalizar as casas criando melhores condições de vida e utilizando a NFT como oportunidade para que mais pessoas possam ajudar e impactar cada vez mais famílias. (…) Nós queremos que a favela não esteja separada e apartada desse novo mundo. Queremos fazer parte e nos incluir nesse grande mundo que é o metaverso e poder quebrar barreiras e abrir caminhos para que outras favelas possam sonhar com essa possibilidade de frequentar esse mundo”, justifica Rodrigues.

O Colors of favela é realizado entre a Revitaliza Comunidades, que integra o G10 Favelas, a agência de Branded Content Art Battke e a Agência de Publicitários, Artistas e Programadores (DAB). Para adquirir as NFTs da coleção do projeto é necessário possuir uma carteira digital com criptomoedas de Ethereum. Mas, para quem ainda não está no universo das NFTs, pode encontrar mais informações sobre como realizar a compra pelo site do projeto – clique aqui.

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