São Paulo – A TVT exibe neste domingo, às 15h, o documentário MST sob ataque – Um dia na luta por terra no Brasil. O vídeo-reportagem descreve os acontecimentos de 31 de outubro de 2021, quando 173 famílias do acampamento Fábio Henrique, em Prado, sul da Bahia, atacadas. Homens armados fizeram reféns e atearam fogo em ônibus que eram utilizados para o transporte de moradores e para levar crianças às escolas.

O assentamento existe há 15 anos. “Foi um momento de muito terror e, inclusive, é muito difícil de lembrar. Muitos tiros, com armas pesadas. Coisa de milícia mesmo”, disse na ocasião Eliane Oliveira, da direção do movimento na Bahia. As famílias estão dentro de casa sem conseguir sair, com muito medo. O documentário conta essa história e mostra os interesses por trás do ataque ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A reportagem e a direção são de Igor Carvalho, que também assina o roteiro ao lado de Vitor Shimomura.

Assista MST sob Ataque a partir das 15h deste domingo (6) no canal 44.1 ou pelo YouTube

Pinheirinho, 10 anos

Já nesta segunda-feira, a TVT exibe no canal 44.1 o documentário Pinheirinho do Palmares: a luta contra injustiças. O filme lançado no último dia 22 de janeiro, quando a ocupação que durou oito anos foi alvo de um verdadeiro massacre, tanto por parte da Justiça de São Paulo que pela Polícia Militar do estado. “Lá se construiu um sentimento de pertencimento, de autoproteção, de família. E esse sentimento construiu uma comunidade”, define Everton Rodrigues, que dirigiu o documentário, com duração de 1h40. Para ele, Pinheirinho é “o maior exemplo de que o Estado não cumpre a lei”. Muitas vezes “a serviço daqueles que sonegam, que burlam as leis”, acrescenta.

Com a inciativa, a TVT, canal mantido pelos trabalhadores, leva para a televisão aberta o esforço da visibilidade a uma história de luta, resistência e também de reconstrução.

Um dos objetivos do documentário é questionar o porquê das ocupações, a costumeira “desumanização” de seus moradores. No caso do Pinheirinho, um questionamento adicional: por que o conjunto residencial, que acabou sendo inaugurado em 2016, não se instalou ali mesmo, na área original, que segue abandonada?

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