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Marcha contra a homofobia ocupa Esplanada dos Ministérios

Representantes do MST, presentes na manifestação, simularam diante do STF assassinato de trabalhadores do campo

Marcha reuniu integrantes dos movimentos LGBT e Sem Terra

São Paulo – Integrantes de movimentos LGBT e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam hoje (15) a Esplanada dos Ministérios, durante a 4ª Marcha Nacional contra a Homofobia. Desde as 9h, os dois grupos, que reúnem representantes de mais de dez estados, ocuparam três faixas do Eixo Monumental. Cerca de 4 mil pessoas participaram da marcha. Em frente ao STF, na Praça dos Três Poderes, os sem-terra simularam o assassinato de trabalhadores do campo.

Segundo Evaldo Amorim, secretário da Associação Nacional LGBT, a manifestação foi organizada há algumas semanas, mobilizando o MST, o Movimento da Maconha e o das Mulheres. “Aqui, o foco do LGBT está na garantia dos direitos do movimento e na defesa do Estado laico. Estamos aproveitando para criticar os fundamentalistas como Feliciano e exigimos a saída dele da Comissão de Direitos Humanos”. Para Amorim, as decisões no país hoje estão pautadas por grupos religiosos.

A travesti Scarlet, de Rui Barbosa (BA), lembrou que seu estado tem alto índice de discriminação. “A cada 36 horas, um homossexual é morto na Bahia, falta a aprovação de uma lei que mude isso. As travestis são as que mais morrem, porque ficam mais expostas”.

Para Everton Christian Paiva, presidente da Associação Paranaense da Parada da Diversidade, que trouxe 20 pessoas para a marcha, a lei não vai acabar com a discriminação, mas pode inibir os atos de violência contra os homossexuais.

“A pessoa vai pensar dez vezes antes. Já tivemos muitos avanços, até quatro anos atrás tínhamos pouco espaço. Hoje, ainda queremos a lei do casamento igualitário e o direito ao nome social das travestis”.

Com informações da Agência Brasil