Indígenas acampados em Belo Monte cobram demarcação e estradas

São Paulo – O acampamento de aproximadamente 250 indígenas dos povos Jurunas e Xikrins, nas proximidades das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, e, Altamira (PA), completa hoje (27) […]

São Paulo – O acampamento de aproximadamente 250 indígenas dos povos Jurunas e Xikrins, nas proximidades das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, e, Altamira (PA), completa hoje (27) uma semana. 

Eles cobram a urgente demarcação de suas terras e a construção de estradas na região do Xingu, como alternativa aos impactos causados pela barragem. 

Segundo o secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cléber Buzatto, a situação tem gerado tensão entre os moradores da região. “Há um processo generalizado de insatisfação das comunidades locais e, especialmente, das comunidades indígenas. É importante destacar que esse processo de descontentamento e de indignação é antigo e permanente no local”, afirmou. 

Para Buzatto, a discussão sobre o desenvolvimento na Amazônia não pode ser feita de forma isolada.

“Sabemos que o governo brasileiro tem um projeto de obras para toda aquela região, tanto para permitir geração da energia em si, como para que essa energia seja usada especialmente na exploração mineral. Para isso, o governo tem tocado no Congresso Nacional uma comissão especial que visa a regulamentação do processo de exploração mineral, inclusive em terras indígenas”, afirmou. 

Ouça a reportagem de Ana Aragão, da Rádio Brasil Atual