Solidariedade

Grupos protestam contra extermínio de crianças palestinas em Gaza nesta sexta, em São Paulo

Ação que marca o Dia da Criança Palestina começa com marcha saindo da Estação Berrini da CPTM, na capital paulista, até o Consulado de Israel, com ato político pela retirada do exército israelense de Gaza. Segundo a ONU, a cada 10 minutos uma criança é morta na região

Redes sociais/ONU
Redes sociais/ONU
Enquanto todas as guerras travadas de 2019 a 2022 mataram 12.193 crianças, os quatro primeiros meses do conflito em Gaza tirou a vida de 12.300 crianças

São Paulo – Movimentos e organizações sociais e populares farão ato nesta sexta-feira (5) contra o extermínio de crianças palestinas em Gaza. O protesto, na capital paulista, será a partir das 10h. Os manifestantes sairão em marcha da estação Berrini da CPTM, no Itaim-Bibi. E seguirão até o Consulado de Israel, nas imediações, para chamar atenção da população para o massacre na Faixa de Gaza promovido por Israel.

Já no percurso exibirão faixas, cartazes e bandeiras. Na frente do Consulado haverá um ato político organizado pelo conjunto das entidades.

A ação marca o Dia da Criança Palestina, celebrado em 5 de abril. A data foi instituída pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Neste ano, com o aprofundamento do massacre do povo palestino em Gaza, principalmente de mulheres e crianças, as principais vítimas do exército de Israel.

O número de crianças mortas na Faixa de Gaza, entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024, ultrapassou o total de todas as guerras do mundo entre 2019 a 2022. Os dados foram coletados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e indicam que uma criança é morta a cada 10 minutos em Gaza.

Genocídio

Enquanto todas as guerras travadas de 2019 a 2022 mataram 12.193 crianças palestinas, desde outubro foram mortas 12.300 crianças. Se acrescentarmos as mortes computadas em março, o número de crianças mortas em Gaza ultrapassou os 13 mil, de acordo com o Ministério de Saúde do enclave palestino.

A mobilização é organizada por movimentos sociais do campo e da cidade, partidos políticos de esquerda, associações, centrais e federações. Seu objetivo é pedir o fim do extermínio do povo palestino e a retirada imediata do exército de Israel de Gaza.

Todas as organizações da ONU afirmam que os moradores de Gaza estão à beira da fome e do colapso da assistência hospitalar, que já não suporta atender os feridos. Já são mais de 35 mil mortos, sendo 75% crianças e mulheres.

Segundo a Unicef, mais de 600 mil crianças estão presas em Rafah, cidade próxima à fronteira do Egito, sem ter para onde ir.

Barbárie e fome como arma de guerra

Nesta quarta (2), um ataque aéreo israelense no centro de Gaza matou sete trabalhadores da ONG World Central Kitchen (WCK) que estavam em missão humanitária. O ataque foi logo após eles descarregarem mais de 100 toneladas de alimentos trazidos por via marítima para Gaza.

A tragédia expõe os desafios das organizações humanitárias em áreas de conflito. A ONU e outros grupos internacionais têm acusado Israel de dificultar a entrega de ajuda por meio de obstáculos burocráticos e de não assegurar a proteção dos comboios de alimentos.

Membros da World Central Kitchen, expressaram indignação. Afirmaram que o ataque constitui um atentado às instituições humanitárias que operam em situações de extrema necessidade, onde a fome é utilizada como arma de guerra.

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Redação: Cida de Oliveira