Circo e diversidade

Trupe circense fará apresentações abertas em São Paulo e em apoio à Pastoral coordenada pelo padre Júlio

Grupo Asas do Picadeiro também debate equidade de gênero e raça e a importância da diversidade. Artista começou tocando missas presididas por dom Casaldáliga

Divulgação
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São Paulo – A companhia goiana Asas de Picadeiro desembarca em São Paulo para uma sequência de apresentações, incluindo uma em apoio à Pastoral do Povo da Rua, coordenada pelo padre Júlio Lancellotti. As origens do trupe remetem a outro religioso comprometido com causas populares. O artista circense e produtor cultural Manoel Alves de Jesus, o palhaço Sapeca, deu seus primeiros passos tocando violão em missas presididas por dom Pedro Casaldáliga em São Félix do Araguaia (MT).

Assim, diz Sapeca, a trupe quer fazer uma “homenagem cênica ao movimento do padre Júlio Lancellotti, ao MST e à Pastoral do Povo da Rua”. Isso vai acontecer no sábado (6), a partir do meio-dia, em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A companhia fará apresentação aberta ao público no Sacolão Popular Irmão Pedro Betancur (Rua Siqueira Cardoso, 297, Belenzinho, zona leste). Perto dali, fica a paróquia São Miguel Arcanjo, do padre Júlio.

Igualdade de gênero e raça

Antes disso, já amanhã (4), o Asas de Picadeiro vai se apresentar na sede da Apae-SP, às 9h. Na quinta-feira (5), às 17h, a trupe fará apresentação pública em Embu das Artes, na Praça da Juventude.

No domingo (7), a companhia fará a abertura oficial da 46ª Expo Magic Show, com o espetáculo Patcha Mama Show. Seus integrantes farão ainda palestra sobre equidade de gênero e raça. Nesse sentido, a trupe Asas de Picadeiro concebeu o projeto Afro Circo, que conquistou uma bolsa de mobilidade por meio da Fundação Palmares. Com isso, pôde participar da Expo Magic Show, em parceria com o grupo Cena Mágica.

Ainda no domingo, às 18h, a companhia estará presente à abertura do espetáculo no 1º Encontro de Mulheres Mágicas, que inclui homenagem às artistas da cena circense da região metropolitana de São Paulo. “Essa é uma oportunidade não apenas de encantar o público com performances únicas, mas também de promover a cultura afro-brasileira e contribuir para a diversidade cultural na região”, afirma Sapeca.