Ferroviários

Greve de ferroviários para totalmente três linhas, diz CPTM; frota de ônibus é reforçada

SPTrans coloca todos os carros na rua para atender passageiros das linhas 9,11 e 12

Julien Pereira/Folhapress

A paralisação deve afetar cerca de 1,7 milhão de pessoas da Grande São Paulo; a SPTrans afirma que toda a frota de ônibus irá operar em regime de horário de pico

São Paulo – A  Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou hoje (13) que desde as 10h a greve de trabalhadores da companhia afeta totalmente o funcionamento dos trens nas linhas 9-Esmeralda, 11-Coral e 12-Safira. Até então, a paralisação era parcial nas linhas 11 e 12.  Já a linha 8-Diamente estaria operando 100%.

As linhas 7-Rubi (Luz-Jundiaí), 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra), 11-Coral/Expresso Leste (Luz – Guaianazes) e 12-Safira (Brás – Itaim Paulista), segundo a companhia, estão com circulação normal de trens.

A São Paulo Transporte (SPTrans) informou que, desde às 2h30 de hoje, colocou em ação o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), com coloca ônibus extras para atender aos passageiros, por solicitação da própria CPTM.

As linhas que contam com o Paese são a 9, entre as estações Pinheiros e Grajaú, com 95 ônibus operando no trajeto, e a 12, entre as estações Itaim Paulista e Itaquaquecetuba, com 60 ônibus.

Além do Paese, a SPTrans informa que toda a frota de ônibus da cidade irá operar em regime de horário de pico, com todos os 15 mil veículos disponíveis durante o dia.

Campanha

A greve foi decidida ontem à noite, após tentativa frustrada de conciliação Tribunal Regional do Trabalho (TRT), entre a CPTM e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Transporte de Passageiros da Zona Sorocabana. Trabalhadores ligados ao Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil também participam das negociações.

A categoria reivindica reajuste de 6,77% (equivalente à inflação do período), mais 5% de aumento real, pagamento de vale alimentação de R$ 200, vale refeição composto por 24 cotas de R$ 25, e adicional de risco de vida de 30% ao pessoal que trabalha em estações.

Na reunião de conciliação, a CPTM propôs 8,56% de reajuste salarial, mais 20% no vale refeição, que passaria de 22 para 24 cotas de R$ 23,00 por dia.

O Tribunal Regional do Trabalho julga o movimento dos trabalhadores da CPTM ainda hoje, às 17h.

As quatro linhas atendem diariamente 1,7 milhão de pessoas na Grande São Paulo.