Governo quer ampliar em 50% atendimento à vítima de violência sexual
Ministério da Saúde defendeu a ação integrada entre a assistência social, segurança pública, saúde e justiça para combater o problema
Publicado 20/04/2012 - 11h44
Helvécio Magalhães disse que a expectativa é ter 783 serviços voltados à causa (Foto:Clauber Caetano/PR)
São Paulo – O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, disse ontem (19), na Câmara dos Deputados para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher, que o governo prevê aumentar em 50% ainda neste ano os atuais 522 serviços de saúde para atendimento à violência sexual. O número passaria a 783.
Magalhães defendeu a ação integrada entre a assistência social, segurança pública, saúde e justiça para combater o problema. “Estamos ampliando o serviço Sentinela de Urgência, da Rede de Serviços Sentinela de Vigilância de Violências e Acidentes (Rede Viva), que inclui uma ficha de notificação e investigação de violência doméstica, sexual e outras violências interpessoais.”
A CPMI também ouviu a diretora do Departamento de Políticas, Programas e Projetos da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Cristina Vila Nova, e o coordenador geral de Direitos Humanos do Ministério da Educação, Fábio Meirelles. Segundo Meirelles, o MEC aprovou, em março, a inclusão do termo “igualdade de gênero” nas diretrizes nacionais de educação em direitos humanos e falta apenas o ministro Aloizio Mercadante, da Educação, homologá-las para que passem a vigorar. “Não podemos impor, mas podemos promover o debate no Conselho Nacional de Educação”, disse.
Segundo a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), o envolvimento das pastas é fundamental para a construção de políticas nessa área. “O Ministério da Saúde é a porta de entrada da mulher vítima de agressões, que precisa buscar uma assistência à saúde, o Ministério da Justiça pode normatizar e contribuir na elevação do combate à impunidade, e o Ministério da Educação é o que pode construir uma nova cultura”, disse.
Com informações da Agência Câmara