Em São Paulo

Feira da Reforma Agrária, neste fim de semana, traz diversidade de sabores e culturas

Evento está sendo realizado no Armazém do Campo, do MST, na região central de São Paulo. Entrada é gratuita. Confira a programação

Felipe Augusto Peres/MST
Felipe Augusto Peres/MST
A programação inclui conferência, culinária típica e apresentações culturais. Ontem, todos pararam para ver o jogo da selação

São Paulo – Com diversidade de produtos vindos de associações e cooperativas no estado, a Feira da Reforma Agrária começou ontem (2), em São Paulo, e ocorre ao longo deste fim de semana. A programação inclui ainda conferência, culinária típica e apresentações culturais. O galpão do Armazém do Campo, local da feira, fica na alameda Eduardo Prado, 460, região central da capital paulista. A entrada é gratuita.

Neste sábado (3), por exemplo, o pernambucano Siba se apresenta às 15h. Mais tarde, às 18h, As Cantadeiras mostram a cultura popular das mulheres sem-terra. No domingo, várias atrações: debate sobre cinema e questão agrária (Festival Entretodos, às 9h), Próxima Cia. (teatro), às 14h, cortejo do Maracatu Ouro do Congo (15h), Pereira da Viola (16h), Nego Bala (17h) e Felipe Cordeiro (18h30).

Entre as oficinas, ontem e hoje, os temas variam de “cooperação e comercialização digital” a materiais recicláveis e produtos fitoterápicos. Neste sábado, há uma maratona de oficinas, até as 17h.

Amanhã, a partir das 10h, a ex-ministra Tereza Campello participa da conferência Pela alimentação saudável no combate à fome. Ao lado dela, Ceres Hadich, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Preto Zezé, e a historiadora Adriana Salay, fundadora do projeto Quebrada Alimentada. O debate seria mediado por Carla Bueno, da coordenação do MST, e pelo ator e jornalista Ernesto Xavier.

Produção em todo o país

A Culinária da Terra oferece almoço e jantar neste sábado (das 12h às 15h e das 18h às 20h, respectivamente). No domingo, apenas almoço. O cardápio inclui moqueca, baião de dois, feijão tropeiro, nhoque de mandioca e caldos, entre vários outros pratos comercializados nas barraquinhas.

“Este povo são os mesmos que ocuparam o latifúndio há muito tempo e tornaram ele terra produtiva, e o melhor, terra produtora de alimentos saudáveis”, afirma Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST. Segundo ele, a produção que está na feira é uma pequena amostra do que se faz em todo o país. O Armazém do Campo tem 22 lojas espalhadas pelo Brasil.