Resgate de um país

Brasil sobe cinco posições no ranking de felicidade, aponta relatório da ONU

Com a 44ª posição, o Brasil é o terceiro mais feliz da América Latina, perdendo apenas para o Uruguai e o Chile

Tomaz Silva / Agência Brasil
Tomaz Silva / Agência Brasil
Rio de Janeiro, o cartão postal do país: belezas naturais não escondem as desigualdades que precisam ser enfrentadas para o país avançar no ranking de felicidade

São Paulo – O Brasil subiu em 2023 cinco posições no ranking dos países mais felizes do mundo, segundo relatório anual da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Com esse resultado que coloca o país na 44ª posição, o Brasil é o terceiro mais feliz da América Latina, perdendo apenas para o Uruguai (26º) e o Chile (38º).  

Esse estudo com medição da felicidade nos países é feito desde 2012. O trabalho se baseia na avaliação que as pessoas fazem da própria felicidade e em dados econômicos e sociais.

A primeira colocação coube à Finlândia. Os países nórdicos ocupam os primeiros lugares, com Dinamarca, Islândia e Suécia aparecendo logo após a Finlândia.

Em último lugar na lista de 143 países aparece o Afeganistão, afetado por uma catástrofe humanitária após o retorno do Talibã ao poder, em 2020.

Mais populosos

Pela primeira vez em mais de 10 anos, Estados Unidos e Alemanha não aparecem entre os 20 países mais felizes, e ocupam as posições 23 e 24. Já Costa Rica e Kuwait entraram no top 20 e ocupam as posições 12 e 13.

Nenhum dos países mais populosos do mundo aparece entre os 20 primeiros. “Entre os dez primeiros, apenas Holanda e Austrália têm mais de 15 milhões de habitantes. Entre os 20 primeiros, apenas o Canadá e o Reino Unido têm mais de 30 milhões de habitantes”, destaca o relatório.

Os maiores retrocessos no índice de felicidade desde o período 2006-2010 foram os de Afeganistão, Líbano e Jordânia, enquanto Sérvia, Bulgária e Letônia registraram fortes avanços.

A proximidade com a natureza e um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação dos finlandeses, disse à AFP Jennifer De Paola, pesquisadora da Universidade de Helsinque especializada nessa temática.

Os finlandeses talvez tenham “uma compreensão mais acessível do que é uma vida bem-sucedida”, em comparação, por exemplo, com os Estados Unidos, onde o sucesso está mais relacionado aos ganhos financeiros, apontou Jennifer.

Novas gerações

O relatório também destaca um sentimento de felicidade mais forte entre as novas gerações do que entre as pessoas mais velhas, na maioria das regiões.

O índice, no entanto, retrocedeu drasticamente desde 2006-2010 entre os menores de 30 anos na América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, e é inferior ao das pessoas mais velhas nessas regiões. No entanto, progrediu em todas as faixas etárias no Leste Europeu no mesmo período.

A desigualdade na felicidade aumentou em todas as regiões, exceto na Europa, o que os autores consideraram preocupante.

Confira o ranking

Veja a posição de alguns países de acordo com o estudo divulgado neste ano:

  • 1. Finlândia
  • 2. Dinamarca
  • 3. Islândia
  • 4. Suécia
  • 5. Israel
  • 6. Países Baixos
  • 7. Noruega
  • 8. Luxemburgo
  • 9. Suíça
  • 10. Austrália
  • 20. Reino Unido
  • 23. Estados Unidos
  • 26. Uruguai
  • 38. Chile
  • 44. Brasil
  • 48. Argentina
  • 51. Japão
  • 55. Portugal
  • 60. China
  • 79. Venezuela
  • 105. Ucrânia
  • 141. Lesoto
  • 142. Líbano
  • 143. Afeganistão

Com informações do g1