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Alunos retornam à Unesp para ato público contra a repressão

Após acionar Batalhão de Choque para dissolver ocupação, aumenta pressão pela saída do reitor

CC/Ninja Mídia

Estudantes que ocupavam reitoria da Unesp decidem por resistência pacífica à invasão por policiais para dissolver movimento

São Paulo – Os estudantes da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (Unesp) detidos após a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) cumprir, por volta das 5h30 de hoje (17), mandado de reintegração de posse do prédio da reitoria, na região central de São Paulo, foram fichados individualmente e liberados. Ao todo, 113 pessoas foram enquadradas em crimes tipificados como “dano ao patrimônio e esbulho possessório”, segundo informou o 2º DP, do bairro do Bom Retiro, também na região central.

Em nota, o movimento de estudantes faz uma convocação geral para um ato em frente à reitoria da universidade (Rua Quirino de Andrade, 215, Anhangabaú, centro de São Paulo) às 14h de hoje, em repúdio à repressão policial, pela saída do reitor Júlio César Durigan e por uma universidade pública gratuita de qualidade.

“As ações de repressão aos grevistas, contrariam a primeira pauta do movimento que pede não repressão aos movimentos sociais, pauta acordada entre a vice-reitora Marilza Vieira da Cunha Rudge e o Movimento Estudantil, na última ocupação, em 27 de junho. Foi pedido pela reitoria a reintegração de posse do prédio, fato que coloca os estudantes em luta pela democratização da universidade sob ameaça de repressão brutal na reitoria”, informa a nota.

O grupo é formado por alunos dos campi das cidades de Assis, Bauru, Botucatu, Marília, Ourinhos, São Paulo, Rio Claro, Franca e Araraquara. Em greve desde o final de maio, os alunos reivindicam valorização da educação pública, políticas efetivas de permanência e de assistência estudantil, como restaurante universitário, moradia e bolsas de auxilio socioeconômicas, além de uma política de cotas que considerem inclusiva. Nesse sentido, a cobrança é por uma proposta alternativa ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp).

“A Reitoria da universidade informa que “mantém implementado um programa de permanência estudantil, para os alunos comprovadamente carentes, que compreende bolsas, auxílio-aluguel, moradia, auxílio-alimentação e restaurantes universitários, lamenta o ocorrido, tendo em vista que está em constante negociação com o objetivo de atender as demandas dos discentes”, informa nota publicada no site da universidade.

Cerca de 100 alunos foram levados nesta manhã em micro-ônibus e camburões da PM para a delegacia que funciona como Central de Flagrantes, no bairro Bom Retiro. De acordo com os estudantes “toda a responsabilidade pela repressão é da reitoria e o Governo do Estado de São Paulo, que já demonstrou inúmeras vezes seu caráter elitista e violento”.

Com informações da Agência Brasil, e Mídia Ninja

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