Contra PL de Doria

Ativistas voltam a protestar contra privatização do Jardim Botânico, Zoológico e Zoo Safári

Manifestantes usaram cartazes e apresentaram espetáculo de dança para chamar atenção de visitantes para os prejuízos com a gestão privada desses parques

Movimento Lute pela Floresta
Movimento Lute pela Floresta
Ativistas em defesa dos parques públicos dizem não à privatização

São Paulo – Movimentos em defesa do Zoológico, Jardim Botânico e Zoo Safári e contra a privatização realizaram nova manifestação na manhã deste domingo. Organizados pela Associação de Moradores e Amigos da Água Funda (Amaaf), o Movimento Lute pela Floresta e trabalhadores e pesquisadores do Jardim Botânico e do Zoológico, os ativistas contra o Projeto de Lei (PL) 183/2019, que prevê a concessão de equipamentos públicos apresentaram espetáculo de dança e exibiram cartazes para chamar atenção dos visitantes para os prejuízos à população que serão trazidos com a transferência da gestão desses espaços públicos para a iniciativa privada. O projeto de concessão é de autoria do governador João Doria (PSDB).

O PL que tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), e pode ser votado na terça-feira (11), concede à iniciativa privada a administração do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga para exploração do Zoológico de São Paulo, Zoo Safári e do Jardim Botânico, em diversas atividades, incluindo ainda o Instituto Botânico, instalado nas dependências do parque estadual e que é responsável pelo desenvolvimento de pesquisas científicas.

Movimento Lute pela Floresta

Ativistas chamam atenção para os prejuízos do PL de Doria

Reportagem da Rádio Brasil Atual mostra que a privatização dos equipamentos representa um retrocesso na avaliação de especialistas que se manifestaram contra o projeto na quarta-feira (5) por temer o futuro dos estudos realizados. Mas, de acordo com moradores da Água Funda, bairro onde estão instaladas as áreas públicas, a concessão também é um vetor de risco para a população local, que é contrária ao projeto. “O PL é nocivo para o meio ambiente, prejudicando toda a população metropolitana, e para a educação e pesquisa destas instituições, especificamente para o bairro Água Funda”, ressalta a organização do ato.

Regido pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), conforme a Lei Federal 9.985/2010, o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga é descrito pelos serviços ambientais prestados à região que estarão em risco sob gestão do mercado, segundo os manifestantes. “A concessão para a iniciativa privada poderá significar em dano ambiental significativo, inclusive aumentando o impacto urbano e dificultando a sobrevivência da floresta”.

 

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