Para o debate eleitoral

Rede Justiça Criminal lança plataforma contra a desinformação sobre segurança pública

Campanha Eleições Sem Truque vai divulgar dados, pesquisas e informações sobre o tema para alertar eleitores quanto à qualidade das propostas dos candidatos

TVT/Reprodução

Plataforma on-line Eleições Sem Truque levanta dados, pesquisas e informações sobre segurança pública

São Paulo – Com a aproximação do período de veiculação da propaganda eleitoral, no próximo dia (16), a Rede Justiça Criminal lançou, nessa terça-feira (31), a Campanha Eleições Sem Truque, com o objetivo de combater propostas enganosas de candidatos na área de segurança pública. Na plataforma on-line criada pelas oito organizações que fazem parte da Rede e atuam na defesa dos direitos humanos, uma série de dados oficiais e pesquisas estarão disponíveis ao público para qualificar o debate e combater a desinformação acerca do tema.

A pesquisadora e consultora da Rede, Raquel da Cruz Lima, observa que a discussão sobre políticas para área está repleta de lugares comuns e informações falsas. “Todo nosso acúmulo de trabalho mostra um descompasso muito grande entre as políticas propostas, tanto nas eleições quanto nos mandatos, e o que realmente os dados têm a dizer sobre quais são as necessidades no Brasil”, critica.

Para a diretora executiva da organização, Janaina Homerin, muitos candidatos se aproveitam da preocupação da sociedade em relação à segurança pública para propor medidas apelativas que, na prática, são ineficazes e não dão conta de questões estruturais, que demandariam medidas a longo prazo. “Muitas vezes as propostas são rasas e trazem uma resposta simples e que parece atender a um anseio de resposta. Isso é na verdade muito irresponsável e muito preocupante.”

Além da ideia de assegurar maior qualidade às discussões relativas ao pleito eleitoral deste ano, a Campanha Eleições Sem Truque também propõe perguntas aos eleitores para que possam questionar os pré-candidatos e assim identificar se as propostas para a área de segurança pública são ou não qualificadas.

Assista à reportagem de Michelle Gomes: