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Após reforma de semáforos, capital paulista reduz panes pela metade

Segundo dados da CET, queda foi de 52% entre 2013 e 2015; 70% das falhas ocorriam por desgaste dos componentes eletrônicos dos semáforos; outros 11% estavam relacionados à energia elétrica

Oswaldo Corneti/Fotos Públicas

A revitalização dos semáforos contou com troca de fiação, instalação de sistemas operacionais e no-breaks

São Paulo – A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou queda de 52% no número de panes em semáforos na cidade de São Paulo, entre 2013 e 2015. Após investimento de R$ 220 milhões na reforma de semáforos em 4.800 dos 6.318cruzamentos na cidade, o número oficial de falhas nesses equipamentos caiu de 16.525, em 2013, para 7.947 neste ano. Os dados foram obtidos pelo site Fiquem Sabendo, por meio da Lei de Acesso à Informação (Lei Federal nº 12.527/2011).

A proposta de reforma dos semáforos foi um dos primeiros projetos realizados pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). Quando ele assumiu, os sinais luminosos de grande parte dos cruzamentos apagavam quando chovia, deixando a cidade ainda mais caótica. Se comparados apenas os dois últimos anos, houve uma queda de 27% nos problemas com os semáforos.

Segundo dados da CET, 70% das panes ocorriam por desgaste dos componentes eletrônicos dos semáforos. Outros 11% estavam relacionados à energia elétrica, como descargas elétricas atmosféricas, oscilação de tensão e falta de energia. Para reduzir esse segundo problema, a gestão Haddad instalou 1.400 no-breaks, dispositivos que mantêm os semáforos ligados por até duas horas, quando falta energia.

“Os resultados do Programa de Recuperação do Sistema de Sinalização de Controle de Tráfego expressam inquestionável avanço na redução do quadro de ocorrências semafóricas. Atualmente, em patamares significativamente inferiores, em média menor que 0,5% do total de aproximadamente 6.318 cruzamentos semafóricos, se comparado ao período que antecede o início do contrato em 2013, quando chegavam a alcançar 400 ocorrências por dia”, informou a CET em nota.

A companhia ressaltou, no entanto, que vários tipos de ocorrências ainda podem deixar semáforos inoperantes na capital paulista, demandando a manutenção corretiva, que pode levar algumas horas nesses casos. Entre os principais problemas estão a incidência de ato de vandalismo, com furto de cabos e equipamentos semafóricos, a falta de energia elétrica nos locais não contemplados com instalação de no-breaks e o abalroamento dos equipamentos em virtude de acidentes de trânsito.

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