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Participação de mulheres na política ainda encontra resistência, diz socióloga

Mesmo com lei que prevê reserva de vagas políticas de 30% a 70% para cada gênero, candidatura de mulheres a cargos públicos ainda encontra dificuldade de financiamento pelos próprios partidos

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Dos 513 mandatos de deputados federais atualmente em vigor, apenas 45 são de mulheres

São Paulo – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou a campanha “Faça parte da política” para incentivar a participação de mulheres na política e a candidatura feminina a cargos nas próximas eleições, que ocorrerão em outubro deste ano. Os anúncios estão sendo veiculados em emissoras de rádio e televisão desde a última quinta-feira (20). No entanto, ainda que haja iniciativa feminina na participação política e que a legislação vigente determine a reserva de vagas de, no mínimo, 30% e, no máximo, 70% para cada gênero, muitas candidaturas de mulheres a cargos públicos encontram obstáculos impostos pelos próprios partidos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 10% dos membros do Congresso Nacional são mulheres. Uma das grandes dificuldades encontradas pelas candidatas é o financiamento da campanha pelos partidos políticos. A socióloga do Instituto Patrícia Galvão, Fátima Pacheco, especialista em análise de pesquisas eleitorais, afirma que o processo de escolha de candidatos dentro dos partidos é “deliberadamente antimulher”. “Nós não temos ainda uma divisão igualitária de orçamento para as mulheres e nem de espaços nos horários eleitorais na televisão”, conta.

Ouça a reportagem completa de Anelize Moreira para a Rádio Brasil Atual