São Paulo – Os governos municipal e estadual de São Paulo vão anunciar na próxima quinta-feira (21) a integração do Bilhete Único Mensal com o Metrô e os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Ontem (18), o prefeito Fernando Haddad (PT) se reuniu com os secretários estaduais Edson Aparecido (Governo) e Jurandir Fernandes (Transportes), para discutir custos, sistema de integração e modalidades do cartão integrado.

A gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) também propõe a criação de uma modalidade específica para quem utiliza somente os trens. Este bilhete não poderia ser utilizado no sistema de ônibus municipal, como já ocorre com o Bilhete de Ônibus Metropolitano (BOM).

O Bilhete Único Mensal propõe uma única tarifa para o uso livre do cartão por um mês. Para uso somente nos ônibus, a tarifa será de R$ 140. Com a adesão do sistema metroferroviário, o custo para uso integrado deve ser maior, mas ainda não há uma definição sobre o valor. Uma nova reunião entre os governos deve ser realizada hoje (19), para definir isso e outros detalhes técnicos.

O sistema mensal dos ônibus deve entrar em funcionamento no dia 30 de novembro. O mesmo cartão dará acesso a todas as outras modalidades de uso do Bilhete Único. Assim, não possuindo os R$ 140 para fazer a carga mensal, por exemplo, o usuário poderá utilizar o bilhete com carga comum, recarregando o valor mínimo de passagens. Também será possível cadastrar-se como estudante ou utilizá-lo como vale-transporte. Com isso, o usuário terá somente um cartão.

Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), até o dia 6 de novembro, pouco mais de 118 mil pessoas haviam se cadastrado para utilizar o novo bilhete.

O projeto inicial iria exigir um gasto estimado em R$ 400 milhões ao ano e foi promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT). O Bilhete Único Mensal de ônibus será vantajoso para o usuário que fizer mais de 46 viagens por mês.