Que o futebol tem se tornado um esporte popular nos Estados Unidos, não há como negar. Ainda que republicanos mais conservadores esperneiem, a peleja de oitavas de final entre Bélgica e Estados Unidos lotou estádios no país de Barack Obama, que também aproveitou pra matar o trabalho e assistir ao confronto junto com funcionários da Casa Branca.

Mas os estadunidenses encontraram um adversário tecnicamente muito superior e os belgas finalizaram a gol mais do que a seleção do Tio Sam em toda a competição. Mesmo assim, os ianques quase empataram na prorrogação contra os europeus, assegurando a emoção até o fim do duelo. No entanto, se algum norte-americano começou ontem a curtir futebol, certamente passou a ter como ídolo aquele que foi eleito o melhor jogador do confronto: Tim Howard.

O goleiro da seleção do Tio Sam, que atua no Everton inglês, conseguiu um feito histórico. Com seu desempenho na peleja, se tornou o arqueiro que mais fez defesas em uma partida de Copa do Mundo desde que a Fifa começou a traçar tais estatísticas, em 1966. Foram 16 no total, algumas milagrosas, superando o recorde anterior do goleiro peruano Ramon Quiroga, de 1978, que praticou 13 defesas na partida contra a Holanda, em 1978.

A quantidade de finalizações da Bélgica também foi um feito histórico. Em edições de Copa do Mundo, os Diabos Vermelhos só perdem para o ataque da Iugoslávia, que na partida contra o Zaire em 1974 disparou 41 vezes contra gol da seleção da África. Para se ter a dimensão da diferença que Howard fez no jogo de ontem, aquela peleja da Copa da Alemanha terminou em 9 a 0 para os iugoslavos.

A atuação do arqueiro arrancou elogios de celebridades nas redes sociais. O ator Tom Hanks, em sua conta no Twitter, disse: “Tim Howard remains a god”, em tradução livre, “Tim Howard continua sendo um deus”.