Diário do Bolso

Será que só o Osmar Terra é que vai me apoiar no antivacinismo?

Pelo menos esse aí não muda de ideia. Ele disse que iam morrer dois mil de covid, morrem mais de 615.000 e ele continua com o mesmo discurso

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Diário, ontem eu estava no Guarujá, numa lancha, dançando funk com uns ricos, quando… O que eu tava fazendo no Guarujá numa segunda-feira? Até você vai me criticar, Diário?! Não se pode enforcar uma segunda-feira em paz?!

Pô, até esqueci o que eu tava escrevendo…

Ah, eu ia contar do Guarujá. Mas perdi a vontade, seu ingrato.

Aliás, vou falar de ingratidão.

É que ontem o Olavo de Carvalho participou de uma laive aí com outros grandes hintelectuais de direita, como o Weintraub, o Ricardo Salles e o Ernesto Araújo, e disse isso aqui de mim, ó: “Política ele não faz e sobretudo um guerreiro ele não é. Estadista ele não é, de jeito nenhum. Ele é, como se fosse, um prefeito de cidade de interior.”

Pô, Diário, é justo isso? Hein? Me responde! Agora você fica quieto, né?

E essa não foi a única traição de ontem, não. Teve outra muito grave. Não, que Michelle que nada! Tô falando de coisa muito pior. Ah, agora a sua folha até fica com orelha, né? Pois eu te conto o que foi: é que o Trump disse que tomou a dose de reforço e ainda elogiou a vacina.

Dá pra acreditar nisso? Até o Trump traindo nossos ideais! Se continuar assim, daqui a pouco ele vai fazer o quê? Lavar a mão? É revoltante! 

Diário, será que só o Osmar Terra é que vai me apoiar no antivacinismo? Pelo menos esse aí não muda de ideia. Ele disse que iam morrer dois mil de covid, morrem mais de 615.000 e ele continua com o mesmo discurso. Homem que é homem é assim: não importa se tá errado, ele continua dizendo sempre a mesma coisa.

E, pra encerrar esse negócio de ingratidão, alguém perguntou na internet o que me dariam de amigo secreto. Olha só as respostas:

– um pijama listrado;

– uma bola de ferro bem bonita, com uma corrente, pra usar no tornozelo;

– uma espada japonesa linda, com cabo de ouro (para fazer haraquiri);

– o livro do Moro;

– o livro do Lula;

– um livro qualquer;

– um par de algemas (e não é aquela maciazinha, com pelinhos cor-de-rosa);

– uma passagem aérea da Itapemirim;

– um cérebro;

– um coração;

– um vale-vasectomia;

– um casamento com a Flordelis;

– e o pior de todos: “uma marmita de lula com chuchu”.

Ah, Diário, o povo é ingrato. Como podem falar essas coisas depois de tudo que eu não fiz por eles?

Torero

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