Será que só o Osmar Terra é que vai me apoiar no antivacinismo?
Pelo menos esse aí não muda de ideia. Ele disse que iam morrer dois mil de covid, morrem mais de 615.000 e ele continua com o mesmo discurso
Publicado 21/12/2021 - 07h34
Diário, ontem eu estava no Guarujá, numa lancha, dançando funk com uns ricos, quando… O que eu tava fazendo no Guarujá numa segunda-feira? Até você vai me criticar, Diário?! Não se pode enforcar uma segunda-feira em paz?!
Pô, até esqueci o que eu tava escrevendo…
Ah, eu ia contar do Guarujá. Mas perdi a vontade, seu ingrato.
Aliás, vou falar de ingratidão.
É que ontem o Olavo de Carvalho participou de uma laive aí com outros grandes hintelectuais de direita, como o Weintraub, o Ricardo Salles e o Ernesto Araújo, e disse isso aqui de mim, ó: “Política ele não faz e sobretudo um guerreiro ele não é. Estadista ele não é, de jeito nenhum. Ele é, como se fosse, um prefeito de cidade de interior.”
Pô, Diário, é justo isso? Hein? Me responde! Agora você fica quieto, né?
E essa não foi a única traição de ontem, não. Teve outra muito grave. Não, que Michelle que nada! Tô falando de coisa muito pior. Ah, agora a sua folha até fica com orelha, né? Pois eu te conto o que foi: é que o Trump disse que tomou a dose de reforço e ainda elogiou a vacina.
Dá pra acreditar nisso? Até o Trump traindo nossos ideais! Se continuar assim, daqui a pouco ele vai fazer o quê? Lavar a mão? É revoltante!
Diário, será que só o Osmar Terra é que vai me apoiar no antivacinismo? Pelo menos esse aí não muda de ideia. Ele disse que iam morrer dois mil de covid, morrem mais de 615.000 e ele continua com o mesmo discurso. Homem que é homem é assim: não importa se tá errado, ele continua dizendo sempre a mesma coisa.
E, pra encerrar esse negócio de ingratidão, alguém perguntou na internet o que me dariam de amigo secreto. Olha só as respostas:
– um pijama listrado;
– uma bola de ferro bem bonita, com uma corrente, pra usar no tornozelo;
– uma espada japonesa linda, com cabo de ouro (para fazer haraquiri);
– o livro do Moro;
– o livro do Lula;
– um livro qualquer;
– um par de algemas (e não é aquela maciazinha, com pelinhos cor-de-rosa);
– uma passagem aérea da Itapemirim;
– um cérebro;
– um coração;
– um vale-vasectomia;
– um casamento com a Flordelis;
– e o pior de todos: “uma marmita de lula com chuchu”.
Ah, Diário, o povo é ingrato. Como podem falar essas coisas depois de tudo que eu não fiz por eles?
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