São Paulo – Novo recorte de pesquisa Datafolha aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) como o melhor presidente que o Brasil já teve. Ele teve 51% das preferências entre os entrevistados. Já o atual presidente da República foi apontado como o pior por 48%.

Outros dados do instituto, divulgados anteriormente, mostra o petista na liderança da disputa presidencial, com possibilidade, neste momento, de vitória no primeiro turno das eleições de outubro de 2022. Ele também é apontado como o mais preparado para enfrentar temas como pobreza e desemprego.

Assim, na lista de ex-presidentes, enquanto Lula aparece como o melhor com 51%, seu possível adversário em 2022, Jair Bolsonaro, é lembrado por apenas 11%. Enquanto o atual é considerado o pior presidente por 48% dos entrevistados, o ex é considerado o pior por 18%.

Desempregados e estudantes

Na pesquisa, Lula tem a melhor avaliação no Nordeste (66%), entre as pessoas que estão à procura de emprego (63%) e entre jovens de 16 a 24 anos (61%). Bolsonaro é preferido (48%) entre eleitores do PL, partido ao qual se filiou recentemente. Sua popularidade cai ainda mais entre desempregados (57% deles o apontam como o pior da história) e estudantes (65%). Entre os empresários, 40% consideram Lula o pior, enquanto para 24% Bolsonaro é o melhor. O atual mandatário também melhora sua avaliação na faixa de renda acima de 10 mínimos (19%).

Depois de Lula (51%) e Bolsonaro (11%), aparecem na lista de melhores presidentes Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-54), ambos com 4%. Depois, com 1%, vêm Juscelino Kubitschek (1956-1961), José Sarney (1985-1990), Itamar Franco (1992-1994), João Figueiredo (1979-1985), Dilma Rousseff (2011-2016), Jânio Quadros (1961) e Tancredo Neves (1985). Este último, eleito ainda de forma indireta, não chegou a assumir, por motivo de saúde. Assumiu Sarney, que era o seu vice.

Na lista de piores, após Bolsonaro (48%), disparado na frente, e Lula (18%), estão Fernando Collor (1990-1992), com 8%, Dilma, com 7%, FHC e Sarney, com 2%.

Segundo o instituto, foram entrevistadas 3.666 pessoas, dos dias 13 a 16, em 191 cidades. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.