Taxistas de Brasília lamentam segundo turno

Brasília – Não são apenas os comitês de campanha que estão preocupados com o segundo turno das eleições presidenciais. Se candidatos e assessores têm pela frente um mês exaustivo, os […]

Brasília – Não são apenas os comitês de campanha que estão preocupados com o segundo turno das eleições presidenciais. Se candidatos e assessores têm pela frente um mês exaustivo, os taxistas de Brasília enfrentarão mais algumas semanas de movimento abaixo do normal.
O problema é que boa parte da demanda por táxi vem de parlamentares e de seus assessores. Com o prolongamento do período de campanha, é pouco provável que o Congresso tenha ritmo de pleno trabalho até o começo de novembro.

“Rapaz, esse ano tá horrível. Primeiro, foi o Carnaval. Aí, emendou nas festas de junho e na Copa do Mundo. Depois, da Copa já emendou nas eleições. Pra gente, o ano vai começar mesmo mais pra frente”, avalia um taxista.

Caso comece de fato, será um ano curto. Inicialmente, a Câmara deveria encerrar o chamado “recesso branco” na próxima terça-feira (12). A data havia sido fixada pelo presidente da Casa, Michel Temer. Mas, o próprio é um exemplo de como será difícil retomar o trabalho: Temer é candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) e deve depositar força total na campanha deste segundo turno. É o mesmo caso de outros integrantes da base aliada com cadeira no Congresso.

Somam-se a eles os parlamentares eleitos para outros cargos e os que não conseguiram a reeleição – dois grupos que estarão mais ocupados com outras questões nas próximas semanas, dispondo de pouco tempo (ou de pouca vontade) para o trabalho no Legislativo.

No meio do caminho há feriados. “Todo mundo que pode sai de Brasília nos dias de folga. Ninguém quer ficar aqui em fim de semana, feriado, só quem não tem como sair mesmo”, sentencia outro taxista desapontado com o fluxo de trabalho. “E como tem gente doida por um pretexto para não ficar em Brasília, não tem jeito, o ritmo fica fraco”, acrescenta um motorista.

Bom negócio, para eles, é este ano acabar logo. Mas aí vêm as férias de janeiro, o carnaval e um bocado de “pretextos” pela frente. Pelo menos, 2011 não tem eleições.