O Dicionário Castelo da Língua Portuguesa é elaborado pelo lexicógrafo e humorista Carlos Castelo. Traz centenas de verbetes, entradas, neologismos e é atualizado semanalmente na Rede Brasil Atual.

Confira as primeiras palavras:

AMAZÔNIA: lugar de muito bandido para pouco índio.

BISSARRO: bullying bizarro. “Viu o que Tavinho aprontou com a Samara na escola? Foi bissaro!”.

CELULAR: a ferradura do homem contemporâneo.

DELE-GADO: funcionário bolsonarista que chefia a atividade policial em determinada localidade.

DOSSIECRACIA: sistema de governo no qual se faz a gestão de um país ameaçando adversários com dossiês comprometedores.

ESCROTÍNIO: processo eleitoral canalha e sem escrúpulos.

FORÇA-TARIFA: grupo de procuradores que sempre procura as maiores tarifas de estadias e passagens.

HOMESCHOOLING: analfabetismo caseiro.

PLEIBACITO: processo eleitoral em que a maioria dos candidatos é coxinha, reacionário e/ou playboy.

PRIMEIRA-DRAMA: mulher grave e patética, especialmente em cultos religiosos de cunho eleitoral.

POWLÍCIA:  corporação destinada a fazer cumprir o conjunto de leis de um país na base da pancadaria.

VIDA: período em que se sente medo da morte.

Até a próxima semana, com mais “significados importantes” deste dicionário!

Carlos Castelo é jornalista, publicitário, escritor, poeta e humorista. Foi um dos criadores do grupo musical paulistano Língua de Trapo. É autor de 14 livros, entre crônicas, aforismos, poesia e romance policial.

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