ALCATEIA POLÍTICA

Pré-campanha sem planejamento estratégico é desastre na certa

Entender o pensamento do grupo interno, analisar cenários, vislumbrar possíveis apoios, entender adversários, discutir o perfil do eleitor, entender como funcionam as mídias on e offline em meu município, ou seja, planejar, é essencial para quem quer ter mais chances de chegar à vitória nas Eleições 2024

(Jeso Carneiro/Flickr)
(Jeso Carneiro/Flickr)

Por João Henrique Faria – Pensa no seguinte cenário. Você chega em casa de madrugada depois daquela festa maravilhosa e, conhecedor de cada cantinho, não acende a luz da sala. Só que alguém que mora com você e ficou curtindo a área, resolveu colocar um banco diante do sofá pra colocar os pés. A topada na canela, em plena madrugada, vai ficar na sua memória por um bom tempo.

Pois bem. É isso que vai ocorrer se você iniciar a sua pré-campanha sem fazer um planejamento estratégico eleitoral. Vai topar com vários bancos espalhados pelo caminho, o que vai atrasar muito a sua vida.

Em uma campanha política, você pode recuperar tudo, menos tempo. Então, bora planejar!

Lembre-se que, a esta altura, ou seja, no momento de fazer o Planejamento Estratégico Eleitoral de Pré-Campanha, você já tem pelo menos Pesquisa e Diagnóstico de Presença Virtual. Assim, você já tem um mínimo de informação para poder discutir com seu grupo interno, os caminhos a serem percorridos e agora você vai traçar as rotas, evitando todo e qualquer “banco” que venha a ser colocado à sua frente.

Se o Diagnóstico de Presença Virtual deu a você uma visão de como anda a sua vida e a de seus(as) principais adversários(as) na disputa da internet/redes e a Pesquisa te deu uma visão de momento do posicionamento do eleitorado, que será projetada para o futuro no comparativo com novas pesquisas, o Planejamento Estratégico vai gerar um documento com a visão interna daqueles que fazem parte, de forma mais estratégica, de seu grupo de apoiadores.

Para tudo na vida, ter uma estratégia é fundamental. Na política, então, mais ainda

Tem muita gente que, de forma precipitada, considera que o Planejamento faz perder tempo, que é teórico, não usa a experiência e é muito rígido. NADA DISSO! Planejar faz com que as Ações sejam executadas dentro de uma Estratégia e isso nos conduz a atalhos, ou seja, ganhamos tempo.

Todo Planejamento deve ser voltado para a prática. Não há como deixar de explorar o conhecimento e as experiências de quem já vivenciou outras campanhas e, por isso, conhece a realidade política daquele local.

Por fim, todo Planejamento deve ser flexível, ou seja, deve incorporar procedimentos novos, sem deixar de aproveitar a continuidade daquilo que estiver funcionando de forma adequada.

Quais as perguntas essenciais que devo fazer ao planejar? Sobre cada tema a ser discutido, tente responder a estas perguntas:

  • O QUE deve ser feito?
  • QUEM deve fazer?
  • QUANDO deve ser iniciado?
  • ONDE deve ser feito?
  • COMO deve ser feito?
  • POR QUE está sendo feito?

Para isso, uma Análise SWOT é fundamental. Nela, com a participação do grupo interno, deverão ser discutidos:

  • O candidato
  • Seus(as) adversários(as)
  • O perfil do eleitor
  • A influência na disputa de:
    • Bancada atual de vereadores
    • Administração municipal atual
    • Deputados e senadores
    • Governo Estadual
    • Governo Federal
  • Sobre a cidade:
    • o Principais problemas.
    • o Possíveis soluções.
  • E a Comunicação?
    • Como se posiciona e age a mídia local.
    • Como está a minha comunicação.
    • Como está a comunicação de meus adversários.
    • Que veículos ou formas de comunicação têm mais força em meu município? As mídias convencionais offline (jornais, emissoras de rádio e emissoras de tv) ou a mídia online (sites, blogs e redes sociais)?

A partir destas discussões serão elaboradas as primeiras propostas ou bandeiras. Sobre os itens listados acima, lançados na Análise Swot, será necessário trabalhar, ora em uma discussão aberta, em que cada um toma a palavra e expõe sua opinião sobre o tema em debate, ora na perspectiva de levantamento de informações por meio da análise de:

  • Pontos Forte e Pontos Fracos;
  • Oportunidades e Ameaças;
  • Estratégias para aproveitamento das Oportunidades e redução dos efeitos das Ameaças;
  • Ações que devem ser desenvolvidas para maximizar Oportunidades e minimizar Ameaças;
  • Em que tempo estas ações devem ser realizadas (cronograma);
  • Quem ficará responsável por cada grupo de Ações

Guarde esta data: 6 de outubro. Quem fez, fez. Quem não fez, não fará mais

Quer chegar nesta data com chances reais de vitória nas Eleições 2024? A Alcateia Política é um coletivo de estrategistas em Marketing Político, com o propósito de defender e manter a democracia e preservar a liberdade de pensamento como forma de construção da cidadania. Desenvolvemos soluções estratégicas em projetos políticos, compreendendo as necessidades e particularidades de cada cliente, o cenário político no qual está inserido, elaborando as melhores soluções em Marketing e Comunicação, com honestidade intelectual, utilizando tecnologia e métodos científicos e valorizando as experiências vivenciadas. Assumimos como missão: “Contribuir para a melhoria da sociedade brasileira, por meio de ações políticas éticas e inovadoras”.

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João Henrique Faria é jornalista, estrategista político com experiência em mais de 100 campanhas para o Executivo e o Legislativo, professor da pós-graduação em Comunicação Pública e Governamental e coordenador da pós em Marketing Político Eleitoral, na PUC Minas. Proprietário desde 2003 da Fator Inteligência e Marketing e presidente do Conselho de Fundadores da Associação Alcateia Política.
joaohenrique.fator@gmail.com

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