Cuba vive primeiro de maio com desafio de transformar economia

Cubanos marcham para a praça da Revolução, onde festejos do 1º de maio são tradicionalmente realizados (Foto: Desmond Boylan/Reuters) Havana – Com a presença do presidente de Cuba Raúl Castro […]

Cubanos marcham para a praça da Revolução, onde festejos do 1º de maio são tradicionalmente realizados (Foto: Desmond Boylan/Reuters)

Havana – Com a presença do presidente de Cuba Raúl Castro e do secretário geral da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC), Salvador Valdés, cerca de 800 mil cubanos compareceram a “la marcha”, como eles chamam a manifestação de 1º de maio. Com faixas, cartazes, alegorias e bandeiras de Cuba, em vários tamanhos, os participantes davam vivas a Cuba, a Fidel e Raúl Castro.

Apesar de a previsão de superar 1 milhão, os números oficiais apontaram um número inferior. Um dos motivos para isso está relacionada ao fato de haver necessidade de racionamento de combustível de ônibus que, normalmente, trariam cubanos de municípios no interior.

Um homem e uma mulher no serviço de som apresentam as colunas e as realizações da revolução. A faixa de abertura era “Cumprir con lo deber”, em referência ao trabalho e à revolução. Ambos foram os temas do discurso de Valdés, o único a falar, por seis minutos, algo incomparavelmente mais curto do que o padrão de discursos do ex-presidente Fidel Castro – cujas exposições duravam até seis horas.

Raúl Castro não se pronunciou. Com um chapéu de camponês, feito de palha, manteve-se com uma criança nos braços.

Tanto no discurso dos locutores quanto em painés e em alegorias havia referência à necessidade de aumento da produção como saída para a crise econômica.

Impressionantes foram o entusiasmo e o final da marcha, com uma revoada de pombas entre bandeiras cubanas.

Às 6h, a concentração já era grande. O início das atividades ocorreu às 7h59. As ruas estavam desertas, como em dia de jogo do Brasil em Copa do Mundo ou se a Terra tivesse parado.

Rapidamente a multidão se dispersou. A 500 metros da Praça da Revolução, em um conjunto habitacional popular, restou um grupo de cubanos de 30 a 40 anos, jogando dominó.

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