Brasil: medalha de ouro em Copenhague

(Foto: Eliane Carvalho/Riotur) O Rio de Janeiro continua lindo… E o Brasil também, cada vez mais. Foi um gol de placa. Acabo de assistir à TV BBC ao vivo na […]

(Foto: Eliane Carvalho/Riotur)

O Rio de Janeiro continua lindo… E o Brasil também, cada vez mais.

Foi um gol de placa.

Acabo de assistir à TV BBC ao vivo na internete, vendo a comemoração de Lula e Pelé em Copenhague, e a da galera no Rio de Janeiro, em Copacabana.

Tínhamos tudo contra, e tudo a favor.

A frase do presidente Lula, ao fazer a defesa do Rio, de que em outros países poderia haver dificuldades para entrar quem fosse mais pobre, mas que no Brasil há lugar para todos, acertou na mosca. Foi uma “gauchada”, como se diz no sul, mas que valeu, porque foi de lavar a alma.

Assisti ontem um programa na TV alemã (que costuma ser muito equilibrada) sobre a disputa para ser a capital olímpica em 2016. Só deu Michelle Obama, o premiê japonês e o príncipe Juan Carlos, da Espanha. Sobre o Brasil e os brasileiros, nada. Silêncio eloqüente.

Como eu disse, antes, foi de lavar a alma.

Claro que isso tudo é para confraternizarmos com o mundo inteiro, e também n

ào é para ficarmos falando mal dos outros, como fez o dirigente olímpico espanhol, que disse que o Rio de Janeiro era o pior lugar para se fazer uma Olimpíada. Aliás, sabe-se que, nos bastidores, a declaração dele pegou muito mal e certamente não favoreceu Madri. Um outro dirigente chegou a pedir desculpas.

Valeu para o Brasil porque o nosso país vem ganhando pontos em todas as frentes pelo mundo a fora, e não por aquelas coisas estereotipadas e às vezes machistas que falam sobre ele, coisa de que no nosso país só haveria praias e mulheres, ambas de vida “airosa”.

Nada disso. É claro que no Brasil há paisagens lindas e mulheres bonitas, assim como homens bonitos, etc., como em qualquer lugar do mundo. Mas no Brasil, como em qualquer lugar do mundo, se trabalha e muito. E muito se tem trabalhado. Os elogios que se vêem agora sobre o Brasil se devem ao desempenho social do nosso país, um dos únicos em meio à debacle do neo-liberalismo onde os pobres estão melhorando de vida e a desigualdade está diminuindo, ainda que a passos lentos. Isso sim dá orgulho. A gente anda agora por este mundo velho sem porteira com o peito estufado e o passaporte erguido.

Somos brasileiros sim senhoras e senhores, e prontos a compartilhar nossas belezas – e também a discutir nossos problemas – com o mundo inteiro.

Golaço do Brasil.