Mudança de humor

9 motivos para apostar no Brasil contra a Colômbia no bolão

Após superar o Chile nos pênaltis, o otimismo que ainda sobrevivia, com auxílio de aparelhos, partiu desta para outra. Talvez desta Copa para outra...

Kai Försterling/EFE

Neymar é poucos meses mais novo que James Rodríguez, mas está muito mais acostumado a decisões

O climão de ceticismo da torcida sobre o time de Luiz Felipe Scolari após a saga do Mineirão, no dia 28, foi agravado pela tal conversa com a meia dúzia de jornalistas.

A predileção por este ou aquele profissional de mídia fez com que os demais se sentissem preteridos, menosprezados. Cresceu a insatisfação dos comentaristas, na mistura do que acontece dentro de campo com o que se passa do banco de reservas para o vestiário.

Mas a partida entre Brasil e Colômbia, pelas quartas de final da Copa, em Fortaleza, nesta sexta-feira (4), é momento de torcer e de acreditar. Pode apostar, no bolão da firma, que dá Brasil. O Copa na Rede lista, a seguir, nove motivos para você acreditar.

1) Não tá fácil pra ninguém

Fácil não vai ser. Porque não tem jogo fácil. Quando o empate avançava contra o Chile, a sensação era ruim, porque se esperava moleza. Mas o que dizer da trabalheira exigida pela Argélia, a 22ª do ranking da Fifa, diante da Alemanha? Ou do México contra a Holanda? Não há de ser fácil, mas um adversário bom valoriza o resultado.

2) Histórico favorável ao Brasil

Na história dos confrontos com a Colômbia, o retrospecto é amplamente favorável ao Brasil. Dos 25 encontros, 15 vitórias do escrete canarinho contra duas de Los Cafeteros e oito empates. São 55 gols brasileiros contra 11 colombianos. Em Copas, o encontro nunca aconteceu, mas em eliminatórias nunca a Colômbia venceu. Tudo bem que o tal retrospecto não entra em campo (embora pudesse fazer uma bela função com a camisa 9), mas não há de ser hora de mudar a tendência.

3) 1, 2, 3, o técnico deles é…

O técnico da Colômbia é o argentino José Pekerman, que enfrentou 14 vezes o Brasil. Isso se deu no comando de seleções de base argentinas de 1995 a 2001, na principal, em 2005, e na colombiana, em 2012. Em oito desses encontros, Pekerman perdeu. Venceu cinco, é verdade, e empatou um. No compto geral, é freguês.

4) Hora de quebrar o tabu

Calma, calma, minha gente. O tabu aqui é o das duas últimas copas. Em 2006, o Brasil caiu diante da França, nas quartas de final. Em 2010, da Holanda, também nas quartas. É o momento de superar essa barreira, romper com o tabu e avançar para as semifinais.

5) Jogo aberto, que encaixa melhor

Diferentemente do Chile e do México, que mostraram mais coesão tática, jogo aberto pelas pontas e laterais e capacidade de embolar o meio de campo, o estilo de jogo encaixa melhor com o do Brasil. Tem menos marcação pressão, mais espaço para jogar. E isso é bom para a seleção brasileira, apesar das relativamente poucas variações táticas que tem demonstrado.

6) O fim das profecias do caos

Parte da crítica especializada está no clima de “já perdeu”. Se o “já ganhou” é ruim, porque promove um otimismo excessivo, o derrotismo parece crônico. A maior parte dessa turma que aposta na Colômbia como vencedora do confronto é a mesma que, até um mês atrás, descrevia o caos em aeroportos, estádios e nas ruas durante a Copa, com detalhes sórdidos e requintes de presepadas. O tal caos não veio, e os profetas do apocalipse ficaram meio sem crédito. Uma vitória seria uma ótima chance de calar os críticos.

7) Às vezes, ganhar importa mais do que merecer

Em uma reação parecida com a da crítica e dos céticos de 1994, há uma turma reclamando que “se for para ganhar assim, é melhor não levar a taça”. Só que vencer por atributos como raça, dedicação e (por que não?) sorte também faz parte do futebol. Há talentos capazes de fazer mais. Uma hora eles despontam. Mas não é preciso nobreza e louvor a cada passo. Pela regra, o que conta é bola na rede e classificação.

8) Tá pagando dois pra um

Tem bolão de firma em que tem mais palpite pró-Colômbia. Num cenário assim, acreditar e apostar no Brasil significa uma chance maior de faturar o bolão sozinho. Vá lá e marque um 2 a 1, um 3 a 1, quem sabe um 3 a 0. De repente você acerta e leva o prêmio… Sozinho.

9) O Dez de lá e o Dez de cá

Neymar e James Rodríguez têm quase a mesma idade, o colombiano completa 23 anos no próximo dia 12 de julho, e o ex-santista, em fevereiro de 2015. Muito se fala do meia hermano e de seus números na Copa serem melhores que os do brasileiro. E não se leva em consideração que rivais foram enfrentados, as condições físicas de cada um, o contexto… Mas e se forem pescados números da carreira de cada um? Aí, que lavada…

James Rodríguez tem 40 gols pelos clubes profissionais em que atuou. Só na Vila Belmiro, Neymar marcou 64 vezes, mais que o rival em toda a carreira, e tem 204 tentos como profissional.