cenas de terror

Dezenas de vídeos registram a ação ditatorial da PM de Alckmin

Vídeos com abuso policial na manifestação contra tarifas de ônibus em São Paulo podem ajudar a motivar uma investigação internacional; Estado precisa ser denunciado

Mídia Ninja

Chuva de bombas: Repressão da PM transforma a Praça dos Ciclistas em praça de guerra

O início da repressão policial desta terça-feira, em São Paulo, foi registrado de diversos ângulos. O jornalista Caio Castor estava no meio da multidão e registrou o início dos ataques, na Avenida Paulista. Thomaz Pedro, também. Helena Wolfenson e o coletivo Território Livre registraram tudo de cima. As imagens são impressionantes: a Praça dos Ciclistas virou praça de guerra.

Agressões pelas costas e uma covardia policial generalizada estão registradas em uma coleção de imagens reunidas pelo PSTU. E não tinha por onde escapar. Quem entrou no Instituto Cervantes, na Avenida Paulista, também foi atingido, como mostra gravação da repórter Laura Capriglione para os Jornalistas Livres. Alguns estavam feridos por balas de borracha.

Rua Sergipe

Os Jornalistas Livres registraram o momento em que manifestantes foram encurralados na Rua Sergipe, uma das travessas da Rua da Consolação:

Outros manifestantes encurralados foram vítimas de sprays com gás de pimenta.

Estes são apenas alguns exemplos dos vídeos que circulam desde a noite de 12 de janeiro na internet. Outros foram feitos – e precisam ser reunidos para ajudar em um esforço de reconstituição do terror promovido pelo governo estadual. Quem sabe com investigação internacional, na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Em 2015, diversos vídeos pelo país mostraram a extensão da violência policial pelo Brasil, em diversas Unidades da Federação.

Depoimentos

O massacre também motivou vídeos com depoimentos de manifestantes. Como estas duas amigas entrevistadas pelo coletivo Jornalistas Livres.

Uma atriz conta para a jornalista Rebeca Lerer como a PM começou a atirar bombas sem motivo em quem estava no início da concentração, na Avenida Paulista.

Um manifestante apanhou da polícia na Rua da Consolação e perdeu vários dentes.

E Éber Veloso Carlos conta que foi agredido com um livro na mão pela polícia, “essa herança colonial”.

Outro Lado

Coube à grande imprensa retratar os fatos do ponto de vista policial. Olhem como o repórter da Globo News estava atrás da Tropa de Choque:

Pela Lei de Acesso à Informação, seria ótimo que a Secretaria de Segurança Pública divulgasse os vídeos gravados pelos próprios policiais. Ou tem algo a esconder?