Casais homoafetivos estrangeiros querem se casar na Argentina
Cristina Kirchner, sob olhar do secretário da presidência, Carlos Zanini, assinou o decreto que promulga a lei de “Matrimônio Igualitário”, que autoriza a união civil de pessoas do mesmo sexo […]
Publicado 27/07/2010 - 12h53
Cristina Kirchner, sob olhar do secretário da presidência, Carlos Zanini, assinou o decreto que promulga a lei de “Matrimônio Igualitário”, que autoriza a união civil de pessoas do mesmo sexo (Foto: Divulgação/Casa Rosada)
São Paulo – A aprovação da lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Argentina gerou uma procura por parte de estrangeiros que querem se casar no país. Segundo a organização La Fulana – que representa homossexuais argentinas ligadas a 42 entidades –, mais de 200 consultas foram feitas.
De acordo com reportagem da BBC Brasil, os interessados são de países como Paraguai, Bolívia, Itália, Inglaterra e Brasil. A partir de 30 de julho, quando a lei passar a vigorar, a Argentina se tornará o primeiro país da América Latina a permitir o casamento homoafetivo. A união civil entre gays já era permitida na cidade de Buenos Aires, o que garantia os mesmos direitos municipais dos heterossexuais.
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Muitas idosas, com mais de 70 anos em média, demonstraram interesse em oficializar a união, temendo que a companheira não possa se beneficiar da herança. Algumas das interessadas possuem filhos e mantêm relacionamento com outras mulheres. Eles querem garantir o direito à guarda das crianças em caso de morte.
Nove casais homossexuais conseguiram autorização na Justiça Argentina para se casar, antes de a lei ser aprovada. No entanto, as decisões foram suspensas por instâncias superiores. Antes da Argentina, países como Portugal, Holanda, Espanha, África do Sul, Bélgica, Islândia, Canadá, Noruega e Suécia já haviam autorizado o casamento gay.