solidariedade

Trabalhadores da Nissan protestam no Salão do Automóvel em SP

Metalúrgicos denunciam montadora por desrespeito a direitos e práticas antissindicais

Suamy Beydoun/AGIF/Folhapress

Vestindo camisetas com a frase “A Nissan joga sujo”, cerca de 150 trabalhadores protestaram no local

São Paulo – A abertura do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, ontem (10), foi marcada por protestos no estande da montadora Nissan. Trabalhadores vinculados à CUT, UGT e Força Sindical se reuniram em solidariedade aos funcionários da empresa nos Estados Unidos. Eles denunciam que a montadora japonesa não respeita os direitos dos trabalhadores, principalmente na fábrica do Mississipi.

Vestindo camisetas com a frase “A Nissan joga sujo”, cerca de 150 trabalhadores protestaram contra a maneira que a montadora trata os seus funcionários naquele país. A fábrica da Nissan no Mississippi é acusada de desestimular a adesão aos sindicatos, o que dificulta a reivindicações de melhores condições de trabalho.

Ela os ameaça o tempo todo. Ameaça que a fábrica vai fechar, que vai haver muitas demissões quando, na verdade, é a fábrica que mais dá lucros para a Nissan no mundo”, diz o diretor de Relações Internacionais da UAW (a entidade que representa trabalhadores do setor automobilístico nos Estados Unidos), Rafael Guerra.

Os manifestantes também protestaram contra o presidente eleito, Donald Trump. “A eleição dele pode ser o retrato que a Nissan quer importar para o Brasil e o mundo: o trabalho escravo. Esse protesto é para chamar atenção do consumidor sobre não haver respeito com o sindicato e os trabalhadores”, afirma José Roberto Silva, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em entrevista ao repórter André Gianocari, da TVT.

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