Com tumor na laringe, Lula inicia tratamento nesta segunda em São Paulo

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi diagnosticado com tumor na laringe. O tratamento com quimioterapia de caráter laboratorial será iniciado a partir desta segunda-feira (31). […]

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi diagnosticado com tumor na laringe. O tratamento com quimioterapia de caráter laboratorial será iniciado a partir desta segunda-feira (31). As informações foram confirmadas em nota à imprensa pelo Instituto Lula, mantido pelo ex-presidente, e pelo Hospital Sírio-Libanês, na manhã deste sábado (29).

Ainda de acordo com a nota, Lula esteve no hospital, em São Paulo, para exames na sexta-feira (28). Ele queixava-se de dores na garganta. Os testes confirmaram o tumor na laringe. Não foram divulgados outros detalhes sobre o diagnóstico.

Segundo o oncologista Artur Katz, que acompanhou os exames, o tumor “não é muito grande” e acredita-se que ele possa levar “uma vida normal em quantidade e qualidade, após o tratamento”. Nas redes sociais, as manifestações de solidariedade se espalharam rapidamente.

Lula completou 66 anos na quinta-feira (27), e até agradeceu as manifestações de carinho dos brasileiros na ocasião, um dia antes de realizar os exames. O mais recente compromisso público do ex-presidente ocorreu na segunda-feira, em Manaus, onde esteve ao lado da presidenta Dilma Rousseff para inaugurar uma ponte sobre o rio Negro, que liga a capital do estado a Iranduba (AM).

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, o tumor na laringe é um dos mais prevalentes entre os que acometem a região da cabeça e pescoço, correspondendo a 25% do total. Há 90% de chances de cura nesse tipo de caso, especialmente se o diagnóstico é feito precocemente.

Localizada na região da garganta, a laringe impede a passagem de ar durante a ingestão de alimentos e tem papel fundamental na fala, já que está associada às cordas vocais.

Lula desenvolveu uma rouquidão crônica em consequência de calos vocais. Esforços exagerados com a voz durante a atividade sindical, com seguidas assembleias. O problema, porém, não necessariamente tem relação com o surgimento do tumor.

Entre os fatores de risco, segundo o Inca, para o desenvolvimento da doença está o tabagismo. Quando associada ao hábito de ingerir de álcool, cresce a exposição à enfermidade. Ainda segundo o instituto, o tratamento varia conforme a localização exata do tumor e do tipo. Há casos em que é necessário radioterapia, quimioterapia e cirurgia – ou combinações dessas técnicas.