CUT faz ato em Porto Alegre para lembrar os 42 anos do AI-5

Manifestação vai lembrar tentativa de incriminar passado militante de Dilma Rousseff, durante a campanha presidencial

São Paulo – Nesta segunda-feira (13), a partir do meio-dia, a CUT-RS realiza um ato público em defesa da memória, liberdade e democracia, na chamada Esquina Democrática, centro de Porto Alegre.

Na ocasião, a entidade prestará uma homenagem a militantes que combateram a ditadura, entre elas a presidente eleita, Dilma Rousseff. A manifestação marca o dia em que o AI-5 (Ato Institucional nº 5), tido como o “golpe dentro do golpe”, completa 42 anos.

A CUT decidiu realizar a manifestação em reunião de sua executiva nacional, realizada dias 17 e 18 deste mês. Segundo comunicado da CUT gaúcha, a central considera “fundamental dar uma resposta à onda de ataques da mídia e dos setores conservadores da sociedade contra a geração de brasileiros e brasileiras que, com coragem e abnegação, resistiu à ditadura, muitas vezes com o sacrifício da própria vida”.

Ainda segundo a entidade, o auge das investidas contra esses personagens da história do país se deu quando a então candidata Dilma Rousseff teve seu passado de combatente usado de forma a tentar influenciar a opinião dos eleitores e prejudicar sua caminhada ao Planalto.

As atividades na Esquina Democrática incluirão um ato de desagravo a Dilma.

O AI-5

O ato institucional instituído pelo general Costa e Silva em 1968 autorizava o presidente da República a decretar o recesso do Congresso Nacional, intervir nos estados e municípios, cassar mandatos parlamentares, suspender por dez anos os direitos políticos de qualquer cidadão, proibir manifestações e protestos que tivessem natureza política e decretar o confisco de bens considerados ilícitos pelo governo.

Além da extinção dos direitos democráticos, o AI-5 determinou medidas consideradas de segurança, como a liberdade vigiada e a proibição de frequentar locais determinados.

A consequência foi que os militares se sentiram liberados para, em nome da segurança, expandir a perseguição, a tortura e o assassinato de opositores políticos.

Edição: Fábio M. Michel

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