Zilda Arns será enterrada em Curitiba

Presidente Lula já confirmou presença no velório da ativista e coordenadora da Pastoral da Criança

Foto: Valter Campanato/ABr

Brasília – O corpo da médica e sanitarista Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, chegou em Brasília às 3h25 desta sexta-feira (15), trazido do Haiti a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

Da Base Aérea, o corpo foi levado por funcionários do Instituto Médico Legal para uma funerária, onde foi preparado para o velório, que será realizado no Palácio das Araucárias, sede provisória  do governo paranaense, em Curitiba. O presidente Lula, entre outras personalidades, já confirmou presença no velório. O enterro está marcado para as 17h do sábado (16) e será precedido de uma missa às 14h.

Zilda Arns foi uma das milhares de vítimas do terremoto que atingiu a capital do país caribenho, Porto Príncipe, terça-feira (12). Segundo a Pastoral, a médica estava no Haiti participando de uma conferência de religiosos, com o objetivo de motivar líderes e voluntários haitianos que prestavam assistência a crianças, gestantes e famílias carentes a implementar uma pastoral no país para combater a desnutrição infantil.

Quando ela estava prestes a deixar o local do encontro, o tremor de terra começou e parte do piso cedeu, soterrando-a. Pelo menos 16 dos padres que haviam acabado de assistir à palestra continuam desaparecidos, informou o senador Flávio Arns (PSDB-PR).

Sobrinho da médica, o senador acompanhou a comitiva brasileira, liderada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, que viajou ao Haiti para fazer um diagnóstico da situação e definir a melhor forma de o Brasil ajudar as vítimas da tragédia.

Ao pousar na Base Aérea, o parlamentar lamentou a morte da tia, que classificou como uma fatalidade. “O mundo inteiro está se manifestando e lamentando o acontecido e desejando que o trabalho bonito (de Zilda à frente da Pastoral) prossiga”, disse o senador. “Sem dúvida ela vai fazer muita falta, mas o trabalho vai continuar. Vai ficar o exemplo e a referência dela. Ela era uma liderança e a gente tem que ficar feliz por o Brasil ter produzido uma liderança desta envergadura.”

Fonte: Agência Brasil