Escola Livre de Teatro em Santo André vive drama

Após ato público e apoio de inúmeros artistas, comunidade artística da ELT espera respostas nesta quinta às reivindicações de autonomia entregues ao Secretário de Cultura da cidade

Nesta quinta-feira (16), a partir das 15h, o movimento que defende a Continuidade do Projeto Artístico-Pedagógico Original da Escola Livre de Teatro de Santo André (ELT) se reúne na Sessão Plenária da Câmara de Vereadores da cidade para defender no espaço da Tribuna Livre o projeto que, segundo a aprendiz da ELT e uma das coordenadoras da mobilização, Carolina Splendore, “tem sofrido com medidas arbitrárias” como a demissão sem justificativa do coordenador pedagógico Edgar Castro, afastado na terça-feira (8), após 11 anos no projeto.

O Secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Santo André, Edson Salvo Melo, que recebeu na última sexta-feira (11) uma carta da comunidade artística, após ato público que contou com a presença de atores como Maria Alice Vergueiro, Antonio Petrin e Leona Cavalli, prometeu uma resposta aos pedidos nesta quinta, entre eles, a volta de Edgar Castro e o afastamento da coordenadora administrativa do ELT – ligada ao executivo – Eliana Gonçalves. “Desde que a nova gestão assumiu a prefeitura a coordenadora não mantém um diálogo o que tem afetado a autonomia”, protesta Mariana.

Em decisão tomada pela própria comunidade artística, desde a demissão do coordenador pedagógico, as oficinas teatrais foram suspensas. Além dos artistas citados, Marcelo Tas, o escritor Marcelino Freire, vereadores e inúmeras companhias de teatro apóiam as manifestações dos integrantes da ELT que mantém o blog “ELT em Alerta” onde é possível encontrar mais informações e a carta na íntegra entregue ao Secretário de Cultura.

Referência nacional

Segundo o site da Prefeitura de Santo André, a Escola Livre de Teatro é um espaço de formação e pesquisa na área teatral considerado referência nacional em formação cênica e que existe há 19 anos – criada na primeira gestão do falecido prefeito Celso Daniel. A base é a vivência de processos criativos compartilhados e a relação mestre/aprendiz com método de experimentações em que o aprendizado do teatro é encarado em seus fundamentos estéticos, éticos e políticos.