Para Contraf-CUT, falta aos bancos reduzir taxas de juros

São Paulo – Centrais sindicais e entidades patronais, aprovaram a redução da taxa básica de juros da economia (Selic), decretada na noite da quarta-feira (29) pelo Comitê de Política Monetária, […]

São Paulo – Centrais sindicais e entidades patronais, aprovaram a redução da taxa básica de juros da economia (Selic), decretada na noite da quarta-feira (29) pelo Comitê de Política Monetária, o Copom. O colegiado baixou o indicador em meio ponto percentual, levando-o a 7,5% ao ano. Enquanto, porém, os trabalhadores cobram de setores empresariais a contrapartida para acelerar a retomada do crescimento, entidades patronais reivindicam outras medidas do governo para o mesmo objetivo. 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) afirmou que, ao chegar ao menor patamar de sua história, a redução da Selic é um passo positivo pela economia do país, mas que falta a medida ser aplicada também pelos bancos privados, nas operações de crédito a pessoas físicas e jurídicas.

“Enquanto a Selic chega a 7,5% ao ano, o menor patamar da história econômica do país, aproximando-se dos níveis internacionais, os bancos continuam usando truques contábeis para manter os juros e spreads ostensivamente os mais altos do planeta, inviabilizando o aumento da oferta de crédito indispensável para a sustentação do crescimento econômico. Com essa política, os bancos estão boicotando os esforços do governo e da sociedade brasileira por desenvolvimento econômico e social”, acusou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Por sua vez, a Força Sindical limitou-se a elogiar a decisão anunciada pelo Copom, afirmando que o governo age atendendo os apelos dos trabalhadores, em “inúmeros atos e manifestações pela queda dos juros, que está se tornando realidade.” A central afirmou também que espera novas reduções dos juros oficiais, como forma de ampliar “investimentos em educação, saúde, segurança e infra-estrutura.”

Fiesp e Ciesp, representantes do setor industrial paulista, ressaltou que a queda da Selic, embora correta, “não garante retomada forte do crescimento econômico.” Paulo Skaf, presidente de ambas as entidades, disse que “se outras medidas urgentes não forem tomadas”, o Brasil continuará com “problemas de competitividade”. Ele cita reduções de taxas e melhorar na infraestrutura como necessárias para a solução para o setor que representa. “Reconhecemos a importância da nona queda consecutiva da taxa Selic em um ano, mas já estamos no segundo semestre e os efeitos na demora em reduzir os juros mais rapidamente estão batendo na nossa porta.”

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