CUT quer apoio das outras centrais para pressionar bancos a reduzir spread

Segundo dirigente, objetivo é fazer setor privado acompanhar decisão tomada por Caixa e BB. Enquanto isso, mercado espera novo corte da taxa básica pelo Copom

A ideia é reivindicar dos bancos particulares que sigam o exemplo dos públicos, e reduzam suas taxas (Foto: Roberto Parizotti/CUT)

São Paulo – A CUT pretende conversar com as outras centrais sindicais para articular um movimento contra o spread bancário, que vem sendo objeto de escaramuças entre o governo e o setor financeiro privado. Segundo o presidente da central em São Paulo, Adi dos Santos Lima, a ideia é reivindicar dos bancos particulares que sigam o exemplo dos públicos, e reduzam suas taxas. “Não queremos só mexer na taxa de juros, mas no spread”, afirma Adi.

O governo federal vem insistindo com os bancos privados no sentido de que há margem para redução do spread. Na visão da equipe econômica, para que haja aumento do crédito – fundamental para o crescimento econômico – é preciso que os bancos reduzam suas margens. Por enquanto, apenas o HSBC seguiu o caminho do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

A discussão ocorre em meio a mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), hoje (17) e amanhã (18). O mercado aposta em nova redução da taxa básica de juros (Selic), que seria a sexta seguida. O corte poderia chegar a 0,75 ponto percentual, levando a taxa a 9% ao ano.