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PT diz que busca na casa de Jaques Wagner é perseguição política

Na manhã desta segunda-feira (26), a residência do petista foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal

Elza Fiúsa/Agência Brasil

Partido afirma que ação na casa de Wagner escancara politização do Judiciário

São Paulo – O PT definiu a ação policial no apartamento do ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner, atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, como um ato de perseguição política. Na manhã desta segunda-feira (26), a residência do petista, em Salvador, foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal. Em nota, o partido afirma que Wagner – um possível presidenciável em caso de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for excluído da eleição – é mais uma de suas lideranças perseguidas pelo Judiciário.

“A sociedade brasileira está cada vez mais consciente de que setores do sistema judicial abusam da autoridade para tentar criminalizar o PT e até os advogados que defendem nossas lideranças e denunciam a politização do Judiciário”, critica a nota assinada pela senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidenta do partido.

A ação da PF apura irregularidades na contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão da Arena Fonte Nova, na capital baiana. A obra, segundo laudo da PF, foi superfaturada em valores que, corrigidos, podem chegar a mais de R$ 450 milhões.

A nota assinada pela senadora e presidenta do PT lembra que a atitude da PF tem relação com a liderança de Lula nas pesquisas eleitorais. “A escalada do arbítrio está diretamente relacionada ao crescimento da pré-candidatura do ex-presidente Lula, nas pesquisas, nas manifestações populares, nas caravanas de Lula pelo Brasil. Quanto mais Lula avança, mais tentam nos atingir com mentiras e operações midiáticas”, afirma.

No Twitter, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) associou o caso com uma possível candidatura. “Não cogitem nomes como candidatos à Presidência da República, porque a Policia Federal instaura inquérito e pede busca e apreensão na casa do sujeito. Já ocorreu com o Lula, Haddad e, agora, com o Jaques Wagner”, criticou.