Movimentos sociais fazem ato em defesa da Petrobras

São Paulo se integra ao calendário nacional de mobilizações. Preocupação com CPI da Petrobras está no centro da pauta, que também inclui uma nova lei do petróleo para o país

São Paulo (SP) recebe, nesta sexta-feira (19), ato de movimentos sociais da campanha “O petróleo tem que ser nosso”. A manifestação ocorre a partir das 10h e acontece um dia depois de a oposição anunciar ter chegado a um acordo com o governo para a instalação da CPI da Petrobras. Por isso, as atenções da manifestação devem se voltar a críticas aos objetivos da oposição no Senado.

A campanha defende uma nova lei do petróleo que retome o monopólio estatal e que a Petrobras seja 100% estatal. “A mobilização servirá para conscientizar a sociedade sobre a importância da Petrobrás e dos perigos que a empresa corre com essa Comissão Parlamentar de Inquérito que a direita quer emplacar visando, única e exclusivamente, a eleição de 2010”, declarou o líder petroleiro Antonio Carlos Spis, membro da executiva nacional da CUT e da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).

Em nota, a Secretaria da Executiva Nacional da Conlutas, central sindical ligada ao PSTU, criticou o que consideram uma tentativa governista de reduzir a campanha a atos contra a CPI no Senado. Para eles, o ponto mais relevante é que a Petrobras seja 100% pública. Atualmente, ações da empresa são negociadas em bolsas de valores de São Paulo e de Nova York.

Além da CPI e dos ataques à Petrobras, a preocupação dos ativistas da campanha é garantir a aplicação dos recursos obtidos com o petróleo da camada pré-sal em áreas sociais.

Antes do ato em São Paulo, houve manifestações em Brasília (DF), Manaus (AM) e outras capitais. Na quarta-feira (17), uma frente parlamentar mista foi articulada com 300 deputados e senadores em defesa da Petrobras.

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